Os números do Datafolha para o Rio
Christiano 18/07/2014 22:06

Foi divulgada ontem em vários meios, incluindo a Folha da Manhã, uma pesquisa do Datafolha para o governo do estado do Rio. A maioria dos números já são conhecidos e podem ser conferidos aqui, em matéria da Folha Online, e em vários blogs: aqui e aqui no Blog do Bastos, aqui no Na Curva do Rio, aqui no Eu Penso Que, aqui no de Roberto Moraes e aqui no de Cláudio Andrade.

A margem de erro é de três pontos percentuais. Veja abaixo os principais números: Período: De 15 a 16 de julho Estimulada: Anthony Garotinho (PR) 24%, Marcelo Crivella (PRB) 24%, Luiz Fernando Pezão (PMDB) 14%, Lindberg Farias (PT) 12%, Tarcísio Motta (PSOL) 2% e Dayse Oliveira (PSTU) 1%

Rejeição: Anthony Garotinho (PR) 39%, Luiz Fernando Pezão (PMDB) 19%, Lindberg Farias (PT) 17%, Marcelo Crivella (PRB) 16%

Senado: Romário (PSB) 29%, César Maia (DEM) 23%, Eduardo Serra (PCB) 7%, Carlos Lupi (PDT) 5%

O levantamento foi encomendado pela Folha de São Paulo e pela Globo. Em relação à última pesquisa Datafolha, de dezembro do ano passado (relembre aqui), que tinha mais candidatos no cenário, Garotinho, Crivella e Pezão cresceram, tendo os dois últimos crescido bastante, e Lindbergh caiu.

Como acontece desde o início das pesquisas Garotinho e Crivella vem disputando palmo a palmo a liderança. Resta saber se ambos, com alianças e tempo de TV expressivamente menores do que Pezão e Lindberg, terão fôlego para chegar até outubro nestes patamares.

Crivella, como bem lembrou aqui o jornalista Lauro Jardim, tinha nesta época, em eleições passadas, % de intenção de votos similar e acabou perdendo fôlego, ficando fora até do 2º turno. Foi assim em 2006 contra Sérgio Cabral, quando foi ultrapassado por Denise Frossard, que chegou ao segundo turno, e em 2008, quando liderava e foi deixado para trás por Eduardo Paes e Gabeira, que fizeram o 2º turno. A sua vantagem hoje é a rejeição, bem mais baixa do que em eleições anteriores.

Garotinho tem a segunda menor aliança e tempo de TV. Com eleitorado concentrado em baixos níveis de renda e escolaridade e geograficamente mais ao interior, entendo que os seus votos são mais consolidados e tem boas chances de chegar ao 2º turno, no qual teria uma missão quase impossível de ganhar, dada a sua enorme rejeição.

Pezão, comandando o governo do estado, segue crescendo como esperado, com a exposição natural do cargo, maior conhecimento da população e o peso da máquina a seu favor. Eduardo Paes tinha, nesta época em 2008, 13% das intenções de voto. Passou todos e venceu o 1º turno com 32% dos votos, ganhando Gabeira depois no 2º turno. A tendência natural é Pezão seguir subindo rumo ao 2º turno.

Lindberg segue sem conseguir decolar e esperava-se que a esta altura ele tivesse mais bem colocado nas pesquisas. Tem a seu favor a segunda maior aliança e tempo de TV. É justamente na TV que ele espera mudar esta eleição, com o seu enorme carisma e a campanha feita pela equipe de João Santana. Lindinho apostará tudo na TV para virar a eleição. Com o seu talento, não pode ser desprezado.

Com quatro candidatos fortes e de boa densidade eleitoral, esta eleição promete ser a mais difícil dos último anos para o governo do Rio. Tudo pode acontecer. Hoje, eu apostaria em um segundo turno entre Pezão e Garotinho.

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    Christiano Abreu Barbosa

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