O Ministério Público, através do promotor de justiça Leandro Manhães de Lima Barreto, ajuizou uma nova ação contra a Autopista Fluminense, com o argumento que a falta de segurança e eficiência da rodovia BR-101, administrada por ela, causa danos materiais e morais coletivos aos usuários.

Danos materiais porque os acidentes geram prejuízos financeiros e morais porque as lesões corporais e mortes geram danos psíquicos e sofrimentos inaceitáveis, que devem ser compensados por uma indenização. Foi solicitado ainda na ação danos materiais ao município de Campos, que tem a sua rede hospitalar municipal usada para atender aos acidentados na BR-101.

De 2008, ano da outorga da concessão à Autopista Fluminense, até 2013 ocorreram 4.915 acidentes na BR-101 somente no trecho que corta o município de Campos, de aproximadamente 123 km. Destes acidentes, 2.951 não tiveram vítimas, apenas gerando danos materiais. Foram 1.704 acidentes com feridos e 260 que resultaram em morte, contabilizando 312 vítimas fatais.

Somente em 2013 foram 52 vítimas fatais nestes 123 km de rodovia que cortam Campos. É pedida na ação uma indenização de R$ 50 milhões, com antecipação de tutela de bloqueio do referido valor, nas contas ou aplicações financeiras da Autopista Fluminense. A ação corre na 4ª Vara Cível da Comarca de Campos.