Candidatos ao governo apostam nas redes sociais para conquistar eleitores
Alexandre Bastos 21/07/2014 13:13

Para estreitar o relacionamento com os eleitores, os candidatos ao governo do estado do Rio apostam em redes sociais. Os primeiros dias de campanha já mostraram que a internet será uma ferramenta extremamente utilizada na corrida ao Palácio Guanabara. O candidato do PR, Anthony Garotinho, é o que possui mais seguidores no Facebook. São 774 mil pessoas. O número é quase o mesmo da presidente Dilma Rousseff. Garotinho também lançou um aplicativo com fotos, vídeos e a agenda de campanha. Uma empresa foi contratada especificamente para o serviço, que envolve 20 funcionários atualizando diariamente  suas redes sociais. O investimento é de R$ 400 mil até o fim da campanha, cujos gastos são estimados em R$ 25 milhões. Para o candidato, a internet é importante para suprir o pouco tempo que ele terá na televisão: menos de 2 minutos e meio.

Já Marcelo Crivella, do PRB, publica quase que exclusivamente mensagens religiosas e motivacionais, mas é o candidato que tem o conteúdo mais curtido e compartilhado nas redes sociais. Com 609 mil seguidores, as postagens dele no Facebook chegam a ter mais de 20 mil compartilhamentos. Crivella, no entanto, não tem gastos com o processo, segundo sua assessoria de imprensa. O próprio candidato cria o conteúdo das postagens junto com uma pequena equipe da campanha, também responsável por todas as outras atividades de Crivella.

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) tem 30 pessoas atualizando diariamente suas redes sociais, que incluem até Instagram. O valor do investimento, no entanto, não foi divulgado. Os gastos na campanha de Pezão estão estimados em R$ 85 milhões. Segundo ele, a internet é uma forma de estreitar a relação com os eleitores e receber sugestões.

Já Lindbergh Farias, do PT, aposta na troca de ideias proporcionada pelas redes sociais com os eleitores. A frente de apoio ao petista fará um encontro, este mês, para ensinar e incentivar o uso da internet durante a campanha. Para Lindbergh, o peso das redes sociais é tão importante quanto o da TV para subir nas pesquisas.

O professor de estudos de mídia da UFF Afonso Albuquerque considera que os discursos religiosos postados por Crivella nas redes sociais são uma forma de fazer campanha, porque ele está cultivando o eleitorado. Ainda segundo o especialista, o governador Pezão é o candidato que tem maior dificuldade de difusão da sua mensagem através da internet.

A utilização das redes sociais em campanhas eleitorais ficou popular na campanha de Barack Obama ao governo dos Estados Unidos. Atualmente com quase 44 milhões de seguidores no Twitter, 41 milhões no Facebook e milhões de visualizações no YouTube, Obama foi eleito e reeleito, entre outros motivos, pelo trabalho nas redes sociais em 2008 e 2012.

 Fonte: CBN

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