Campanhas se tornaram um "Show do Milhão"
Alexandre Bastos 12/07/2014 15:00

Foi-se o tempo em que era possível subir em caixotes e conquistar o eleitor na lábia. Atualmente, para colocar uma campanha competitiva nas ruas é preciso gastar muito dinheiro. E quando eu digo muito dinheiro, é muita grana, mesmo. Para se ter uma ideia, os candidatos a deputado federal precisam estar dispostos a gastar em torno de R$ 5 milhões. Para disputar uma cadeira na Alerj os gastos giram em torno de R$ 3 milhões.

E ainda tem o “Caixa 2” - Além dos gastos milionários que ficam registrados, ainda existe o famoso “por fora”. Quem não se lembra da declaração do deputado federal Paulo Feijó (PR), quem em 2011, ao defender uma ampla reforma política, disse (aqui): “Não existe um político no Brasil que não tenha ganho uma ajuda de campanha no Caixa 2. Quem falar que nunca ganhou uma ajudinha no Caixa 2 é mentiroso e está fazendo demagogia com o povo. Isso acontece porque esse sistema político está ultrapassado. Você acha que vai ganhar uma eleição hoje só no discurso? Você não precisa de uma propaganda, uma gasolina no seu carro, você não precisa de uma equipezinha”, afirmou Feijó em entrevista ao programa “Falando Francamente”, da Mult TV, comandado pelo Herval Machado.

Mais cara da história - A próxima eleição no Brasil será a mais cara da história, com substancial aumento em relação ao pleito de 2010. Confira quanto os três principais candidatos à presidência da República pretendem gastar:

Dilma Rousseff (PT): R$ 298 milhões Aécio Neves (PSDB): R$ 290 milhões Eduardo Campos (PSB): R$ 150 milhões

Na disputa pelo governo do estado, mesmo com os candidatos declarando possuir pouco dinheiro (aqui), os gastos também serão milionários.

Governo do estado:

Luiz Fernando Pezão (PMDB): R$ 85 milhões Lindbergh Farias (PT): R$ 60 milhões Anthony Garotinho (PR): R$ 25 milhões Marcelo Crivella (PRB): 9 milhões

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