Leio
aqui no Blog do Bastos que a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), assumiu com vontade o programa do marido, o deputado federal Anthony Garotinho (PR) que formalmente foi ontem lançado candidato ao governo do Rio de Janeiro. Como o blog diz o programa da Rádio Manchete muda de nome: o “Fala Garotinho” virou “Fala Rosinha”! Duas questões me vêm de imediato. Não seria um modo de burlar a legislação eleitoral que se propõe a garantir um pleito com igualdade de oportunidades entre os candidatos e lisura?! Já que a Lei Eleitoral não permite Garotinho, na condição de candidato a governador, de continuar usando os microfones das mídias em seu favor, não estaria a esposa também impedida?
Rosinha, em sua página na rede social Facebook convoca seus amigos, “Estarei no ar de segunda a sexta, das 8h às 9h, pela Rádio Manchete, com o programa Fala Rosinha. Em Campos, o programa é reproduzido pela Diário FM 100,7.
Conto com sua audiência! Hoje, por ter agenda como prefeita no Rio, fiz o programa direto da Manchete”.
A segunda questão que me soa estranha é que a Prefeita, em pleno exercício do seu mandato, de um município cheio de problemas de administração, vá passar a dedicar-se diariamente de um programa de proselitismo e distribuição de brindes, com suposto prejuízo da função pública para a qual foi eleita. Traduzindo: se já temos imensos problemas de gestão nas áreas de saúde, educação, transportes, trânsito e cultura, com a dedicação diária de radialista tudo tende a se agravar ainda mais. Ou não?! Todos sabem que a prefeita de Campos adora um microfone, mas, ao ter sido eleita, Rosinha não deveria prioritariamente se dedicar a governar Campos?!
Em política tem situações que são legais, outras ilegítimas.
Segundo o jornalista Alexandre Bastos, "Na eleição de 2010, quando Garotinho disputou uma cadeira na Câmara Federal, Rosinha,
que na ocasião estava afastada da Prefeitura, também assumiu o programa de rádio."
De público faço a pergunta:
Pode isso TRE-RJ?