Crivella rejeita união com Garotinho: "não há essa hipótese"
Alexandre Bastos 29/06/2014 23:13

O senador Marcelo Crivella foi oficializado neste domingo como candidato ao governo do Rio pelo PRB, encerrando rumores de que o partido poderia abrir mão de ter candidato em função de possíveis alianças ou a pedido do governo federal, de quem o partido se diz aliado. Para não deixar dúvida, logo após a convenção que o oficializou, no Rio, Crivella, disse que não existe a possibilidade de ele aceitar ser vice-governador na chapa do PR, que indicou, também neste domingo, Anthony Garotinho ao governo do Estado. “Não há hipótese [de aceitar a vaga de vice na chapa do Garotinho]. Tenho maior respeito por todas as candidaturas, mas espero que eles também tenham respeito pela minha, pois eu represento um grupo importante na política do Rio, que me dá mais de 20% [de intenção de voto] nas pesquisas. Eu não posso, de maneira nenhuma, negar a elas o sonho de governar o Rio”, disse Crivella.

Pouco antes da convenção do PRB, durante a convenção do PR, Garotinho afirmou que ainda tentaria convencer Crivella a juntar-se a ele. O PRB lançou Crivella sem apoio de nenhum outro partido, e também não apresentou candidatos a vice-governador e ao senado. Mas para Crivella, isso não diminui sua candidatura. “Estamos sem coligação nenhuma e contra a máquina que está aí. Há vários partidos que também estão sem coligação, como PSTU e PSOL. Isso não nos desmerece, nem diminui. O importante é estar com o povo ao nosso lado, e as pesquisas mostram que estou entre os dois primeiros candidatos e em último na rejeição”, disse Crivella.

Crivella disse ainda que está conversando com partidos e lembrou que tem até 5 de julho para oficializar apoio. “Ainda dá tempo. Mario Covas [falecido ex-governador de SP] já dizia que faltando 10 minutos ainda dá tempo na política”, disse. Mas ele evitou dizer com quem está conversando, e alegou que “há forças enormes tentando emparedar o PRB, pela chance que temos de ir ao segundo turno”.

Em seu discurso no momento da homologação, Crivella afirmou que tentaram esvaziar o partido, a chapa e a candidatura do PRB. “Eu não vou a Paris, não vou fazer greve de fome, vou trabalhar pelo Rio”, disse Crivella, em uma crítica ao Cabral – e como consequência a Pezão, que ele apoia – e a Garotinho, que em seu último mandato no Rio fez greve de fome.

Mesmo com Crivella rejeitando a possibilidade, Garotinho promete tentar a última cartada. "O nome do vice só será anunciado amanhã, último dia do prazo, porque ainda farei um apelo ao senador Marcelo Crivella para ser meu vice", disse Garotinho em seu blog.

Fonte: Valor Econômico 

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