Eduardo Paes chama de "bacanal eleitoral" acordo entre PMDB, PSDB e DEM
Alexandre Bastos 22/06/2014 21:13

O acordo entre PMDB, PSDB e DEM, no Rio de Janeiro, celebrado na manhã deste domingo e que será anunciado oficialmente amanhã (23), irritou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que chamou de “bacanal eleitoral”. Para garantir a aliança, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) abriu mão de sua candidatura ao Senado, cedeu a vaga ao ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e permitiu, enfim, que seja consolidado o ‘Aezão’ – união de apoios às candidaturas de Aécio Neves à Presidência e de Luiz Fernando Pezão, ao governo do Estado.

Tudo correu bem até o início desta noite, quando Eduardo Paes alegou ter se sentido apunhalado e divulgou nota repudiando a configuração da aliança. Afilhado político de Cesar Maia, Paes tornou-se inimigo do ex-prefeito.

Em nota, Eduardo Paes expôs seus motivos. Leia a íntegra do texto do prefeito peemedebista:

“Desde 2009, as brigas políticas que nada tinham a ver com o interesse do Rio de Janeiro e dos cariocas foram substituídas por uma aliança capaz de trazer muitas conquistas para a cidade. A parceria entre nós, da prefeitura, o presidente Lula e o governador Cabral - e agora a presidenta Dilma e o governador Pezão - tem permitido tirar do papel projetos há décadas prometidos e inviabilizados justamente pelos constantes desentendimentos entre governantes anteriores. O conjunto de avanços que o Rio e a população vêm colhendo nos últimos anos é resultado de uma soma de forças políticas que têm trabalhado de maneira coerente na busca por uma cidade melhor, mais justa e mais integrada. Em função dessa mesma coerência, e para que o Rio de Janeiro não corra o risco de voltar a ser um campo de batalha onde o maior prejudicado é o cidadão, eu continuo defendendo a chapa Dilma, Pezão e Dornelles. Depois da suruba, o que se vê agora é o bacanal eleitoral, e o Rio não pode ser vítima dele”, escreveu Paes.

Suruba — Antes do "bacanal" de Paes, o deputado federal Alfredo Sirkis (PSB) já havia chamado de "suruba" a aliança entre o PSB e o PT (aqui).

Fonte: Veja

É bom lembrar que Eduardo Paes já foi tucano e começou na política como afilhado de Cesar Maia. Quem garante que ele não está blefando para limpar a barra dos aliados peemedebistas e fazer uma média com Lula e Dilma?

Encontro no Cemitério — No mês passado, Cesar Maia e Eduardo Paes conversaram secretamente durante uma hora, numa sala reservada no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro (aqui).

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