Garotinho critica aliança entre Cesar Maia e Cabral
Alexandre Bastos 22/06/2014 19:27

O deputado federal Anthony Garotinho (PR), que anda cada vez mais sozinho, comentou em seu blog sobre a decisão do governador Sérgio Cabral (PMDB), que retirou sua pré-candidatura ao Senado para apoiar o vereador carioca Cesar Maia (DEM). A notícia, publicada no site do jornal "O Globo" e replicada pelo blog "Em Tempo", do jornalista Cilênio Tavares (aqui), informa que  Cabral vai anunciar amanhã (23) que abrirá mão da candidatura ao Senado na chapa do governador Luiz Fernando Pezão para o ex-prefeito Cesar Maia ocupá-la, dando caráter formal ao movimento “Aezão”

Após ver o deputado federal Romário (PSB) escolher Lindbergh Farias (PT) e Cesar Maia, que caminhou com ele em 2012, ficar com Sérgio Cabral, Garotinho vê poucas possibilidades de alianças disponíveis. Porém, não entrega os pontos e aproveita para alfinetar os adversários. Utilizando um discurso bem parecido com o da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, ele diz que " é uma tentativa das elites de impedir a volta de um governo popular". "Alguns jornalistas têm me ligado perguntando o que eu achei da decisão de Cesar Maia, que por diversas vezes na última campanha municipal reafirmou que tinha compromissos com minha candidatura ao governo estadual, isso foi noticiado em todos os jornais da época. Não tenho nada declarar, quem tem que dar explicações é ele, afinal foi Cesar quem deu a palavra. Pezão vai ficar com um tempo enorme de televisão, muito dinheiro, muito poder. Vai ficar faltando apenas arrumar votos. Essa jogada de Cesar Maia se aliar a Cabral, que combatia até dias atrás, não é mais do que uma tentativa das elites de impedir a volta de um governo popular. Só quero lembrar uma coisa: quando o povo quer ninguém segura", afirmou.

"Dilma nunca esteve tão isolada no estado" — Apostando em uma irritação da presidente Dilma Rousseff por conta do fortalecimento do grupo "Aezão", Garotinho diz que avisou sobre uma possível traição de Cabral.  "Com isso foi escrito mais um capítulo da novela 'Como trair uma presidente'. Cabral, Pezão, Eduardo Paes, Picciani e todo o PMDB - RJ estão de corpo e alma com Aécio Neves, e estão a cada gesto demonstrando isso. A presidente Dilma nunca esteve tão isolada no estado. Não foi por falta de aviso.  Numa reunião em Brasília eu disse a ela: 'Cabral traiu Marcello Alencar, depois me traiu, por que seria diferente com a senhora? A natureza dele é da traição'. Ela quis pagar para ver, e viu", disse.

Além de Garotinho, os senadores Marcelo Crivella (PRB) e Lindbergh Farias esperam receber carinhos de Dilma por conta do fortalecimento de Aécio no Rio.

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