"O Brasil aprendeu a terrível lição do Maracanazo, já o Uruguai não.
Não existe jogo pequeno numa Copa do Mundo, não subestime nenhuma seleção.
A prepotência uruguaia, que já estava projetando os duelos com os ingleses e italianos, sofreu uma queda diante da Costa Rica, que talvez custe caro, talvez signifique sua desclassificação vexaminosa na primeira fase.
Ao qualificar o Grupo D como o da morte, pela presença da trinca campeã do mundo (Uruguai, Inglaterra e Itália), a Costa Rica sempre foi vista como zebra. Injustamente, pois alcançou a segunda colocação nas Eliminatórias, ficando na frente inclusive do México (o adversário mais perigoso da chave brasileira).
Costa Rica é veloz, jovem, disposta.
Costa Rica é letal no jogo aéreo, perigosa no chute de fora da área, astuta no contra-ataque.
Costa Rica amassou a celeste. Três a um e sobrou em campo na tarde desse sábado (14/6), no Castelão, em Fortaleza (CE).
O atacante Joel Campbell vai perturbar o pregão de apostas, incomodar o bookmaker. Demonstrou perícia ao marcar o segundo gol e armar lançamento, uma aula de caligrafia!, para Ureña quebrar a coluna do goleiro Muslera.
O Uruguai se mostrou desorganizado, confuso e, principalmente, desentrosado. Pescava com Cavani na grande área e reclamava da ausência de Suárez. Grande surpresa da Copa de 2010, não soube decifrar e reconhecer a surpresa da Copa de 2014."