Magal: "Tá faltando atitude na secretaria de Saúde"
Alexandre Bastos 04/06/2014 19:41

Pelo jeito os papéis se inverteram durante a sessão de hoje (04) da Câmara de Campos. Logo após a oposição elogiar ações da prefeita Rosinha Garotinho (PR), o vereador Jorge Magal (PR), da bancada governista, fez um desabafo. "Já falei uma vez e repito. Tem uma paciente que está aguardando há três meses por uma cirurgia na Santa Casa. Vejo um jogo de empurra entre a direção do hospital e a secretaria de Saúde. Tudo por conta da compra de um equipamento no valor de R$ 45 mil. Uma vida está em jogo. Na minha visão está faltando atitude na secretaria de Saúde. Sou governista e defende a prefeita, mas não posso deixar de falar isso. Uma pessoa não pode ficar três meses aguardando essa burocracia. Não tem cabimento", disparou Magal.

Em defesa do governo, o vereador Paulo Hirano (PR) disse que "esclarecimentos são necessários". "Este caso foi trazido e explicamos. Burocracia necessária para cumprir Lei imposta pelo governo federal. Não é simples. O caso é extremamente complexo. Estive na secretaria de Saúde e ele já entrou em contato para informar que já saiu o empenho do material. Vai depender das condições da paciente para que ela seja devidamente atendida. Não é falta de vontade, é responsabilidade. Ninguém pode ser leviano e gerar punições. Já salvei muitas vidas. Não admito que alguém questione a minha determinação em salvar vidas. Minha vida política continua sendo uma missão para salvar vidas", justificou Hirano.

Posteriormente, o vereador Fred Machado (SDD), da bancada de oposição, entrou no debate entre os governistas. “Já fui secretario de Assistência Social em São João da Barra e entendo essas questões burocráticas. Mas também sei que existem meios para salvar vidas. Mesmo com toda burocracia, já pedi auxílio ao Ministério Púbico para derrubar barreiras e dar o respaldo jurídico necessário. Assim, consegui fazer processos andarem e foi possível salvar vidas de crianças que necessitavam de um leite especial", disse Fred, que foi além: "É bom lembrar que, para a realização da Bienal do Livro foi feita uma licitação em dez dias. E um problema desse, que envolve uma vida, não vejo a mesma velocidade. Se o Ministério Público auxiliou na questão dos ônibus, poderia muito bem ajudar neste caso da paciente que aguarda três meses por uma cirurgia", completou.

Para a vereadora Dona Penha (DEM), a culpa não é da secretaria de Saúde. "Cabe ao médico acionar o Ministério Público, ao lado do hospital. Não tinha que esperar esse tempo todo. A direção do hospital tinha que mandar um laudo e comprovar a necessidade do equipamento. Com isso, era só comprar e depois a prefeita iria pagar. Ela gosta de pagar e jamais iria se negar", afirmou Dona Penha.

Já na visão do vereador Rafael Diniz (PPS) o que falta é "vontade política". "Fica nítido, analisando os discursos da própria bancada governista,  que falta vontade política. Além disso, também falta gestão. Existem meios para derrubar a burocracia e salvar vidas", frisou Rafael.

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