Nem tudo está perdido no país do "Lepo Lepo"
Alexandre Bastos 25/05/2014 23:25
[caption id="attachment_24698" align="aligncenter" width="525"] Valmique Bento da Silva, o jovem que saiu de Tocos e foi conhecer a Nasa, lançou o seu primeiro livro na última sexta-feira, durante a 8ª Bienal - Foto - Secom/Prefeitura[/caption]

O sucesso da 8ª Bienal do Livro de Campos, que de acordo com a Prefeitura recebeu cerca de 100 mil pessoas e movimentou R$ 8 milhões com a venda de 400 mil livros, mostra que existe espaço para mais eventos culturais no município. E quando digo eventos culturais não estou falando da gastança que destina R$ 233 mil por um show de uma hora do Luan Santana. Me refiro aos Cafés Literários, Cinema e Teatro nas praças, orquestras se apresentando no Jardim do Liceu, Jardim São Benedito e no Horto Municipal. Nossos bairros e distritos ainda contam com milhares de crianças, jovens e adultos apaixonados por cinema, música, teatro e literatura. O jovem Valmique Bento da Silva, de 15 anos, morador de Tocos, é um belo exemplo. Depois de vencer o concurso “Cientista por um dia”, organizado pela Nasa, ele lançou na última sexta-feira (23), no Espaço do Autor, na Bienal, o seu livro “Festa no Céu”. A obra, com cerca de 45 poesias do escritor campista, nasceu após a participação dele no concurso.

Festival Doces Palavras — Uma boa notícia foi o lançamento do Festival Doces Palavras (FDP!), que está programado para acontecer em Campos sempre nos anos ímpares (começando em 2015). A ideia é misturar as tradições culinárias e literárias da terra goitacá. A boa ideia, que recebeu o apoio da Prefeitura, surgiu da Associação de Imprensa Campista (AIC) em parceria com a Academia Campista de Letras (ACL) e a Academia Pedralva de Letras. A ideia inicial é que o evento aconteça no Jardim São Benedito, no Centro da cidade, e reúna palestras, debates, performances, oficinas, lançamentos de livros e outras intervenções. Uma das propostas do FDP! é promover a ocupação de espaços públicos (como é o caso das praças e jardins).

Confesso que sou bem pessimista em relação ao atual momento cultural não só de Campos, mas de todo o Brasil. Porém, ao passar pela Bienal e ver tantas crianças e jovens encantados com livros e espetáculos teatrais, pude notar que o pulso ainda pulsa. Nem tudo está perdido no país do "Lepo, Lepo".

Secom/Prefeitura de Campos

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