Danos

O nosso sistema termorregulador consiste em manter uma temperatura interna relativamente constante, em torno de 37ºC. A gravidade da superexposição ao calor durante a realização de exercícios pode ser exemplificada não apenas por uma redução na capacidade de executar trabalho, como também por uma predisposição às doenças induzidas pelo calor. Estes distúrbios são assim classificados por ordem de gravidade progressiva: (1) cãibras; (2) perda de água; (3) intermação (insolação).

Os mais frequentes denominadores comuns para todas as três são: (1) exposição ao calor; (2) perda de água; (3) acúmulo (armazenamento) de calor, que habitualmente se reflete por uma alta temperatura interna (retal). Entretanto, o fator isolado mais importante do ponto de vista clínico, é a perda de água corporal.

É igualmente importante assinalar que a falta de atenção às cãibras e à exaustão induzidas pelo calor pode resultar em intermação e, finalmente, em morte por dano irreversível ao sistema nervoso central.

E é bom lembrar: mesmo naqueles que se recuperam após uma intermação, com frequência observa-se algum dano permanente no centro termorregulador hipotalâmico.

Aclimatação

A tolerância aumenta quando se segue um protocolo de adaptação ao calor. A aclimatação se realiza através de um programa de exercícios progressivos empreendidos sob alta temperatura por no máximo, 5 a 14 dias. É bom lembrar que a simples permanência no calor produz pouca ou nenhuma tolerância ao mesmo.

O American College of Sports Medicine, onde me baseio em vários pontos na ciência, indica, via seus pareceres, que, para efeitos de corridas, acima de 28º significa risco iminente.

Abaixo, mais fontes para a leitura.

HIPERTERMIA DURANTE A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS: RISCOS, SINTOMAS E TRATAMENTO

Altas temperaturas

Fontes: Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos - Fox, Edward L e Mathews, Donald K (1996); Fisiologia do Esporte e do Exercício - Wilmore, J. H. e Costill, D. L. Bons treinos!