Em novo desabafo, João Vicente cita o passado para criticar o presente
Alexandre Bastos 23/04/2014 23:54

Após afirmar que o dinheiro da Cultura está sendo usado “para fins públicos e privados”, o ex-superintendente da Fundação Trianon, João Vicente Alvarenga, estimulou ainda mais o debate sobre a política cultural do governo Rosinha. E ele não vai parar por aí. Em um texto enviado ao blog ele comenta sobre as diferenças entre as ações culturais desenvolvidas no passado e a “gastança” do presente. Confira:

“Os órgãos de cultura no município de Campos movimentam em torno de 40 a 50 milhões de reais por ano. Se não é rica, também não pode reclamar que não há dinheiro para um efetivo incentivo à cultura, a partir das bases. Nossos artistas, nossos estudantes que representam essa base, se ressentem de falta de apoio. Quando trabalhei no antigo Departamento de Cultura da Prefeitura, cujo titular era o saudoso poeta Prata Tavares, isso há mais ou menos 40 anos, quando nossa prefeitura era pobre, comparada a de hoje, pois bem, naqueles tempos não faltavam festivais de poesia e música (e Rosangela e Anthony sabem do que estou falando), eles foram beneficiados por essa autêntica política de cultura, sendo vencedores e divulgados, tornando-se conhecidos como artistas e poetas vitoriosos. Não havia dinheiro para uma política de megaeventos. Eram tempos de Zezé Barbosa (avô do vereador Rafael Diniz). Realizávamos também festivais de teatro; havia uma preocupação com o campo editorial. Nossos escritores, muitos deles foram contemplados. Tudo isso com muito pouco dinheiro. Que saudades. Se formos falar do Carnaval, é bom deixarmos para uma próxima conversa”. João Vicente Alvarenga

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