A Ultramaratona para muitos é uma coisa de maluco, algo surreal para um ser humano percorrer tantos km. Em dezembro de 2013 recebi um e-mail onde falava desta Ultra 12 horas de Macaé.
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Procurei me informar e vi que atletas conhecidos, que sou fã, como Carlos Gusmão, Jorge Ultra e Geazi estariam presentes. Já tinha alguns desafios em mente mais nunca antes percorrido distância acima de 50km.
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Resolvi fazer a inscrição e treinar justamente em um período onde deveria descansar (que seria no verão e já no fim de temporada). Comecei a estudar sobre treinos, alimentação e hidratação para, pelo menos, tentar superar meus objetivos com segurança.
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Hora da largada às 20 horas com término às 8 da manhã. Fui sem estratégia, pois era tudo muito novo para mim. Larguei e vi os tops voando baixo - confesso que fiquei meio apavorado, pois teríamos a noite toda pela frente. Mas fui no meu ritmo.
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Corri 4 horas direto e parei para a tão desejada pizza - já estava com uma maratona para trás - agora a partir dali qualquer km percorrido era lucro. Tentei dosar na velocidade e suportar as pernas pesadas, a chuva e o frio que atrapalharam nas primeiras 5 horas; o tênis molhado e o medo das famosas bolhas nos pés.
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Quando a chuva passou troquei de roupa, meias e tênis e me senti renovado!!! Faltavam 4 horas de prova e já tinha percorrido 72km, sendo que meu objetivo eram 80km. Ali eu vi que estava bem e poderia ir além.
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A Ultra é uma prova diferente, quando você pensa que chegou no seu limite de suportar as dores o seu corpo se refaz por inteiro. Anunciaram a minha posição parcial e eu não acreditei: estava em 10º no geral e 1º na minha categoria, isso fez com que eu mantivesse o ritmo para finalizar a prova.
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Sobre o autor
Marcos Almeida
[email protected]Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.