Neste estudo -The acute effects intensity and volume of strength training on running performance - quinze corredores de uma ampla gama de habilidades e quilometragem média semanal fizeram várias sessões de treinamento de força em três ocasiões. Um treino era uma sessão de alta intensidade em todo o corpo, um de alta intensidade mas para as pernas apenas e um de baixa intensidade em todo o corpo.
Seis horas depois de cada treino eles fizeram um teste de esteira, 10 minutos rodando a 70% do limiar ventilatório ritmo (fácil ), depois 10 minutos a 90% do ritmo de limiar ( aproximadamente perto de um ritmo de maratona), e então, enquanto possível em 110% de ritmo de limiar. Os corredores também fizaram o teste de esteira no início do estudo (controle) para obter uma referência.
A alta intensidade executada no treino de força diminuiu significativamente o tempo dos corredores à exaustão no final do teste de esteira. Após cada uma das sessões de força de alta intensidade o tempo limite era quase um minuto a menos, o que sugere que o peso pesado realizado nos exercícios seis horas antes havia diminuído drasticamente a capacidade dos corredores para sustentar a corrida rápida.
Este estudo parece sugerir que:
1- não agendar treinos difíceis após treinos com pesos também difíceis;
2- o corredor se fizer isto irá precisar de mais de 6 horas para se recuperar;
3- intensidades sub máxima podem, ou seja, àqueles treinos que não sejam com "sangue nos olhos";
4- se tiver que executar os dois treinos na mesma sessão ou numa próxima, realize a corrida primeiro;
5- ajuste a sua agenda com os dias de musculação e corrida e/ou diminua a força se forem realizados concomitantes.
Bons treinos!
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Sobre o autor
Marcos Almeida
[email protected]Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.