A Prefeitura de Campos tem repetido uma prática dos governos anteriores, a quem tanto criticou, de pão e circo, com a farra de shows no Farol de São Tomé que teriam consumido R$ 2,5 milhões somente no mês de janeiro. O jornalista Ricardo André, no seu blog Eu Penso Que..., apurou os valores aqui de milhares de reais pagos por cada show.

Todos estes shows e infra-estrutura para eles são pagos com o dinheiro dos royalties, que continuam sendo mal aplicados, em que pese a ameaça constante de diminuição dos repasses. Os shows até movimentam a economia dos locais contemplados, potencializando o turismo. Mas o que eles deixam para o futuro do município, no qual educação e saúde vão muito mal?

A prática não é exclusiva de Campos. Outros municípios da região, também banhados pelos royalties, são adeptos da cultura do pão e circo, talvez com menor volúpia, como São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, Quissamã, Macaé, Cabo Frio, entre outros.

O presidente do PT em Campos, Makhoul Moussallem, publicou um artigo na Folha da Manhã questionando os gastos, entitulado "Pão, circo e círculo". Resta saber se ele, candidato derrotado a prefeito de Campos e pré-candidato a deputado federal, realmente faria diferente se assumisse o cargo.

Confira abaixo alguns dos valores pagos, levantados por Ricardo André:

Os artistas que se apresentam no Farol de São Tomé tem sempre que passar pela rotina de tirar fotos com a prefeita Rosinha e, eventualmente, com o deputado federal Anthony Garotinho, que sequer exerce cargo oficial no governo. As fotos são usadas para divulgação da imagem da prefeita, sobretudo em redes sociais.