Ampla no meio do caminho I
No meio do caminho do progresso da região tem uma Ampla. É grande a expectativa para que o Porto do Açu entre em funcionamento, mas as obras ainda estão sendo tocadas com energia de um grande grupamento de geradores de alto custo movidos a diesel. O grave problema ainda tem outros aspectos preocupantes.
Ampla no meio do caminho II
Com inauguração prevista ainda para o primeiro semestre deste ano, a fábrica de tubos flexíveis da francesa Technip, um investimento de 650 milhões de reais, já está com a sua planta industrial semipronta e seu cais concretado. Obras também realizadas com energia elétrica proveniente de geradores próprios, só um deles consumindo diariamente 700 litros de combustível. Mas esbarra em um grande obstáculo para começar a fabricar seus 200 quilômetros de tubos anuais. Até agora, os cabos de energia da Ampla não chegaram ao Porto do Açu. Para complicar ainda mais a situação, quando as máquinas da fábrica forem acionadas, a energia consumida terá que ser, por contrato, fornecida pela concessionária do porto, a Prumo Logística, a preço Ampla. O alto custo do cumprimento dessa cláusula contratual vai refletir diretamente no início da operação do Porto do Açu.
Ampla no meio do caminho III
E os problemas relacionados ao fornecimento de energia elétrica para o Porto do Açu estão só começando. Vizinha da Technip, a National Oilwell Varco está com as obras da sua fábrica a todo vapor com objetivo de, também, iniciar a produção prevista de 250 km de tubos flexíveis por ano ainda nesse primeiro semestre, e com os mesmos obstáculos relacionados à energia elétrica da concorrente.
Ampla no meio do caminho IV
Ainda iniciando as obras de instalação de uma planta de montagem e produção de grupos geradores e propulsores azimutais no Porto do Açu, ironicamente, a Wärtsilä também terá que recorrer a geradores semelhantes ao que pretende produzir para poder realizar as suas obras. A Wärtsilä é uma empresa finlandesa, líder global no fornecimento de motores e prestação de serviços para navios e usinas termelétricas.
Ampla no meio do caminho V
Na fila para enfrentar a Ampla no meio do caminho, a InterMoor, do Grupo Acteon, está instalando uma unidade para apoio logístico e serviços especializados à indústria de óleo e gás, com 90 metros de frente de cais e 52.302 m² de área total, com início de operação previsto para 2014.
Diante dos fatos, o que se vê é que a Ampla coloca em risco a esperança de progresso e desenvolvimento para toda a região, apesar das traumáticas desapropriações realizadas para passar as suas linhas de transmissão. Esse é um caso para ser visto de perto pelas autoridades, principalmente pelo Ministério Público.