Por decisão unânime, o Pleno do STJD manteve a condenação da Portuguesa pela escalação irregular do jogador Héverton na última rodada do Brasileirão, perdendo 4 pontos, o que a levou a ser rebaixada, salvando o Fluminense, que havia caído dentro do campo. Não cabe mais recurso contra a decisão.

Os argumentos da Portuguesa foram tecnicamente muito frágeis, assim como o desempenho do seu advogado, emprestado pelo Corinthians, João Zanforlin. A decisão foi técnica e não deixou dúvidas com relação ao descumprimento e a negligência cometida pelo clube paulista.

Décio Neuhaus, auditor relator do processo, fez longo relato onde rebateu tecnicamente todas as teorias conspiratórias de torcedores e parte da imprensa, que tomou o lado da Lusa de forma apaixonada. É certo de que se não fosse o Fluminense o beneficiado, principalmente se fosse um clube médio, como o Criciúma, tal discussão e polêmica não teriam nem acontecido.

Ocorre que é a terceira vez que o Fluminense é beneficiado por decisões jurídicas e não cumpre um rebaixamento. Por conveniência, conivência e omissão, o clube parece ser incaível, em que pese já ter cumprido dois rebaixamentos. Depois da última virada de mesa, em 2000, é a primeira vez que um clube grande cai no campo, mas se salva no tapetão.

De lá para cá, caíram e subiram em campo Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Atlético/MG/, Corinthians e Vasco. Além da óbvia torcida contra dos rivais cariocas, o Fluminense angariou a torcida contra destes clubes que caíram e cumpriram o rebaixamento, em especial de corintianos e atleticanos, vices para o Flu nos Brasileiros de 2010 e 2012, respectivamente.

Neste debate levado com paixão, faltou uma discussão mais ampla sobre o problema. É tão mais fácil informar aos árbitros quem está suspenso para aquele jogo. O jogador pode ser impedido de entrar ou ser expulso assim que entrar, dobrando a suspensão. Evitaria que novos casos como este, no qual o resultado de campo foi alterado pelo tribunal, nunca voltem a acontecer.