Adeus, Mandela. E obrigada.
Suzy 05/12/2013 21:04
[caption id="attachment_10892" align="aligncenter" width="300"] “Eu lutei contra a dominação branca, e lutei contra a dominação negra. Eu cultivei o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. Este é um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar. Mas se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”.[/caption]   Quem já viveu um pouco mais como eu viu um mundo em transformação. Uma mudança real. Havia um mundo dividido entre Socialismo e Capitalismo, União Soviética e Estados Unidos. Ditadura, Democracia em várias partes do mundo e aqui, no nosso quintal. Mais distante - mas nem tanto - uma palavra "apartheid" tomou forma e cor. Era um sistema de segregação racial na África do Sul que o mundo não via - ou fingia não ver. Ou fingiu não ver por mais de quatro décadas. Sabe o que era o apartheid, meus amigos? Era, por causa da cor, um cidadão não poder frequentar determinados lugares, tem conduções separadas, tratamento de saúde diferenciado. Morar em bairros determinados pelos governos, separados dos brancos. Era estar à parte. Isso, em um país da mãe África, negra por sua própria natureza. Um dos símbolos da resistência ao absurdo do apartheid foi Nelson Mandela, um homem dos tantos que sofreram a repressão. Por essa luta, ficou 18 anos na prisão, onde adquiriu a tuberculose cuja as consequencias carregou até a morte. Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e reconduziu o país no caminho para a convivência entre os povos que habitam aquele país. Devo, como grande parte de minha geração, a Mandela o despertar. O acordar para discordar e lutar, ainda que as forças pareçam ser maiores que nós. Morre Mandela, mas sua luta não morre. Infelizmente, o racismo é mais resistente que os homens, ganha outras formas e cores, esconde-se atras de sorrisos e tapinhas nas costas. Morre Mandela, mas sua luta não morre. Felizmente. Fica de lição e exemplo para aqueles que sabem que somos mais que cor, religião, opção sexual, classe social. Somos seres humanos, que nas cem e morrem e o que realmente importa é o que deixamos nesse caminhos.  

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    Suzy Monteiro

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