A Cultura do Voto
lucianaportinho 14/11/2013 10:08
A Cultura do Voto A corrupção está tão entranhada no dia a dia da população que esta nem se dá conta da leniência ao lidar com o problema. A corrupção permeia praticamente todas as atividades, principalmente a política. Até parece que não é possível política sem corrupção e muitos políticos fazem questão de propagar de que, quem não concorda, com esta prática malsã,  não deve se aproximar da política. O cidadão de bem pensa não duas, mas, 2 mil vezes antes de se decidir a entrar na política. É tudo que os políticos corruptos desejam: afastar as pessoas de bem e campear na pocilga por eles construída. O processo eleitoral é o início. Quem se aventura a ser candidato a qualquer cargo tem que montar um balcão ou uma agência de empregos - diga-se de passagem, na verdade parte dos pretendentes não quer trabalhar, apenas ganhar para estar a serviço de quem lhe paga. Nesta cultura do voto, há que se ter uma equipe médica para atender consultas, internações clínicas e cirúrgicas e remoções, a aqueles que não podem pagar por tais serviços, já que, regra geral, o serviço público não garante o atendimento de direito. Constituir uma banca de advogados para resolver pendências judiciais dos eleitores. Contar com uma loja de material esportivo para doar bolas de futebol e camisas para times de futebol, um açougue para fornecer a carne dos festivos churrascos e sem esquecer a loja de material de construção que ajudará seus eleitores nas obras e... por aí vai. Há quem diga que determinado político tem mil pessoas ganhando 1000 reais por mês, outras mil pessoas recebendo 800 reais e mais tantas mil pessoas ganhando 600 reais mensais só para promoverem seu nome e façanhas medíocres. Em suma, tem que agradar, leia-se corromper o eleitor para obter o seu voto. Caso o pretendente não tenha isso tudo, tem que ter dinheiro próprio ou ainda “doado” por financiamento de campanha para fazer frente às demandas ou então com o recurso financeiro comprar profissionais de votos que o façam sem deixar rastro. Existem políticos especializados neste mister e como se vangloriam dos seus feitos. Este dinheiro tem um custo altíssimo. Depois de eleito, haja obras desnecessárias superfaturadas contratadas, terceirizações espúrias para ressarcir o financiador de seu investimento. O pior de tudo é que grande parte da população enxerga o processo como normal até mesmo como desejável. Os poderes constituídos sabem disso tudo e pouco é feito para acabar com a orgia do dinheiro público. Mudar é preciso. Dr. Makhoul     
Médico e Conselheiro dos Conselhos Regional e Federal de Medicina
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Luciana Portinho

    [email protected]

    BLOGS - MAIS LIDAS