Moradores de Rio Preto, localidade de Campos que registrou duas mortes por suposta contaminação de agrotóxico, alegam ter buscado socorro no Posto de Saúde, mas a ambulância estava quebrada.

Os lavradores que morreram contaminados, provavelmente por agrotóxicos, foram socorridos por amigos para Campos e ainda tiveram que pagar o gasto com o combustível no valor de R$ 50. Foi assim com a família de Eraldo Luis Gomes Pinto, 64 anos e de Josete dos Santos, 50. Os dois morreram depois de passarem mal com câimbras, febre alta, diarreia e vômito. Outras três pessoas estão internadas em hospitais de Campos, com a mesma suspeita, entre elas, uma criança de 11 meses. “A ambulância está quebrada desde terça-feira passada (6 de novembro) e o médico de só aparece uma vez por semana. É preciso acontecer algo como esse para as autoridades aparecerem por aqui e o sistema funcionar”, denunciaram os parentes dos mortos.

De Rio Preto a Campos são aproximadamente 40 minutos de carro, tempo que poderia ter sido aproveitado nos primeiros socorros. “Ninguém do posto solicita outra ambulância de localidades próximas. Somos obrigados a dar o nosso jeito e pagar carros particulares como temos feito”, falou a doméstica Rafaela Castro da Silva, nora de Eraldo.

O sub-secretário de saúde, Dante Pinto Lucas, confirmou que a ambulância estava quebrada, mas providenciou outras três provisoriamente para o local, assim como um médico de plantão 24 horas para atender a demanda que surgir no local.

Fonte: Blog do Cláudio Andrade e Terceira Via

Na última semana, o vereador Rafael Diniz (PPS) relatou na tribuna da Câmara uma série de problemas envolvendo o atendimento básico de Saúde em Campos. Segundo o vereador, "sobre dinheiro e falta gestão". Na ocasião, o vereador Marcão (PT) relatou o drama de pacientes e questionou as prioridades da Prefeitura.