Em artigo publicado hoje (08) na Folha, o vereador Rafael Diniz (PPS) voltou a comentar sobre a situação da Saúde em Campos. Apontado como mentiroso pela vereadora Linda Mara (PROS), que garantiu a disponibilidade de diversos remédios, Diniz ressaltou que "existem duas cidades, pois para eles as filas são normais, não faltam remédios de forma alguma e a saúde de Campos só avança". Confira o artigo:
Mentira? De quem? (Rafael Diniz)
Na última terça-feira, na sessão ordinária de nossa Casa Legislativa, levei para tribuna em meu pronunciamento uma discussão muito séria sobre a situação de nossos postos de saúde. Não é a primeira vez que trato deste assunto na Câmara, assim como também já é a segunda vez que escrevo sobre essa situação aqui em meus artigos semanais. Continuo a tratar do tema, primeiro por sua complexidade e importância e depois pelo caos no qual se encontra a saúde de Campos.
Como disse, relatei a situação na qual tenho encontrado nossos postos, depois de várias visitas feitas por mim e minha equipe. Podemos começar pelas filas para marcar uma consulta, a alarmante falta de materiais básicos e medicamentos de uso contínuo, a inexistência de equipamentos de emergência nos postos dos distritos, o que leva à superlotação de nossos hospitais com a chamada “reboqueterapia” (coloca na ambulância e leva dos postos para os hospitais), as inadmissíveis indicações políticas para as chefias desses postos sem um mínimo de avaliação quanto à capacidade técnica desses indicados, além da completa ausência de gestão, pois o que não falta é dinheiro para a saúde (600 milhões).
Ocorre que quando a maioria dos vereadores governistas se pronunciou sobre o que eu disse, o que pude perceber é que realmente existem duas cidades, pois para eles as filas são normais, não faltam remédios de forma alguma e a saúde de Campos só avança. Até acusado de mentiroso fui depois de ter feito meus questionamentos. Mas pergunte a população que precisa de um simples remédio de tabela SUS onde está a verdade. Converse com a senhora que só conseguiu para setembro uma consulta marcada em abril o que realmente acontece. Imagine a situação do cidadão do interior que não tem o básico do básico para atendê-lo no posto de sua localidade quem é que tem a razão.
Pior que não admitir os graves problemas, é defender a qualquer custo o indefensável. Triste é não ter a sensibilidade para ver o quanto muitas pessoas humildes dependem diariamente dessa saúde pública. Será que a opinião desses nobres senhores rosáceos seria a mesma se a família deles dependesse diretamente dessa saúde? Temos certeza que não!!!
Artigo do vereador Rafael Diniz(PPS) publicado na edição de hoje (08) da Folha.