Lindbergh tenta atrair Crivella para seu palanque em 2014
Alexandre Bastos 29/10/2013 12:22

Para pavimentar sua pré-candidatura ao governo do Rio em 2014, o senador Lindbergh Farias (PT) tem tentado atrair o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), para seu palanque. O objetivo do petista é ter o apoio do bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e, assim, atrair o eleitorado evangélico e do interior do estado. Em troca, Crivella indicaria um nome para a vaga de vice na chapa de Lindbergh.

Na visão dos petistas, a costura da aliança entre Lindbergh e Crivella reforçaria o palanque da presidente Dilma Rousseff no Rio. De quebra, Lindbergh polarizaria a disputa com o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e isolaria o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), outros dois pré-candidatos ao governo. PT e PMDB travam uma batalha para indicar um único candidato da coligação à sucessão estadual. Os partidos não se entendem porque cada um quer indicar o seu. "Ele (Lindbergh) tem se encontrado várias vezes com o Crivella, que é um cara honesto e ético e é muito bem-vindo. Até o (presidente nacional do PT) Rui Falcão acha (a aproximação) positiva. Se hoje o Garotinho é considerado um adversário, o Crivella não é", afirmou o presidente regional do PT, Jorge Florêncio.

Segundo pesquisas de intenção de voto encomendadas pelo próprio PT, Garotinho e Crivella aparecem na liderança. Mas, de acordo com os petistas, o ministro tem índice de rejeição menor que o deputado. "A rejeição de Crivella não entra na questão porque se ele não é o candidato e apenas dá apoio, essa rejeição se pulveriza", disse um petista, afirmando que a presença do ministro no palanque de Lindbergh não vai repelir votos. Alguns pontos estão sendo levados em conta por Lindbergh para escolher o vice na chapa. Esta vaga já foi oferecida para vários partidos. Uma das estratégias é encontrar um nome que tenha força no interior. Foi ventilado o nome do deputado federal Glauber Braga (PSB), mas agora fala-se que Crivella também poderia ser o responsável pela indicação. "O Lindbergh, que contava com o apoio do PSB, não sabe o que pode acontecer. Surge nesse contexto o senador Crivella como um ponto de equilíbrio. Claro que isso está sendo trabalhado",  afirmou outro petista.

O próprio Lindbergh anda pessoalmente empenhado na tentativa de atrair Crivella para seu palanque. Um dos argumentos para que o ministro retire a candidatura é que ele teria de deixar o ministério da Pesca para ser candidato. Outra tentativa é lembrar a boa relação de Crivella com o ex-presidente Lula.

Fonte: O Globo

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