Lula pode assumir o lugar de Dilma na disputa pela Presidência em 2014
rafaelvargas 08/10/2013 10:18
A união de Marina Silva com Eduardo Campos aumenta a chance de Lula assumir o lugar de Dilma Rousseff na disputa pela Presidência em 2014. Semana passada, o ex-presidente comentou com o governador Sérgio Cabral (PMDB) que o PT não arriscaria o projeto de permanecer no Palácio do Planalto — insinuou que, se houver um crescimento da oposição, ele iria para a disputa.

A adesão de Marina ao PSB reforça esta possibilidade. Na conversa com Cabral, Lula afirmou que, se for candidato, terá como impedir a entrada do senador Lindbergh Farias (PT) na briga pelo governo estadual.

FHC é cogitado com Aécio vice — A decisão de Marina pode ainda ter desencadeado outros processos que estavam hibernando à espera dos acontecimentos, como a candidatura de Fernando Henrique Cardoso. No tabuleiro do xadrez político, a situação de Aécio Neves é sem sombra de dúvida a mais delicada. Em terceiro nas pesquisas e sem conseguir superar a casa dos 12% das intenções de voto, o candidato tucano está assistindo à união de seus possíveis aliados num segundo turno e com grande possibilidade de um encolhimento já nas próximas pesquisas. Como alternativa de sobrevivência, Aécio poderia ceder o lugar para outro tucano, talvez o da mais alta plumagem do partido: Fernando Henrique Cardoso que teria o próprio Aécio como vice.

Indagado sobre essa possibilidade, Fernando Henrique desconversa, mas não assume uma posição frontalmente contrária a essa hipótese.

Atualização às 15h: Em conversas com interlocutores políticos, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) foi enfático ao afirmar que agora sua candidatura presidencial não tem mais volta. E que estará na disputa mesmo que o ex-presidente Lula decida ser candidato no lugar da presidente Dilma Rousseff. Essa garantia foi feita, inclusive, para a ex-senadora Marina Silva.

Campos foi questionado por vários políticos nos últimos dias que temiam que ele retirasse a sua candidatura se Lula entrasse no jogo. Nessas conversas, o governador de Pernambuco disse que já assumiu muitos compromissos e que a aliança com Marina Silva impede qualquer mudança de estratégia. Fonte: Informe O DIA / JB / Blog do Camarotti (G1)

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