A maioria dos ministros do TSE se posiciona a favor do indeferimento da criação da sigla. Se nenhum deles mudar de opinião, ex-senadora não terá a Rede Sustentabilidade para as próximas eleições. "É como voto, acompanhando a relatora indeferindo o pedido", disse a ministra Luciana Lóssio.
Ministro Marco Aurélio Mello vota e diz que não "pode estabelecer um critério" e ignorar a lei. Ele acompanha a relatora: 5 a 0 contra a criação do partido de Marina.
Em uma decisão que poderá mudar os rumos da próxima eleição presidencial no país, o TSE rejeitou na noite desta quinta-feira a criação da Rede Sustentabilidade, partido idealizado pela ex-senadora Marina Silva. Até agora, cinco dos sete ministros da corte — Laurita Vaz, João Otávio Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello — votaram contra a formação da legenda, que em sete meses não conseguiu cumprir o requisito básico para seu registro: recolher o mínimo de 492.000 assinaturas certificadas em cartórios eleitorais.
A menos que Marina se filie a uma legenda já existente até sábado — um ano antes das eleições —, a decisão do tribunal irá alterar o cenário que se desenhava para as eleições do ano que vem. Com um capital político de 19,6 milhões de votos no pleito de 2010 (19,3% dos votos válidos), Marina aparece hoje como a mais bem colocada adversária na tentativa de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Além disso, sua presença na corrida presidencial é considerada crucial pela oposição para forçar a disputa de um segundo turno.