O novo Papa Francisco, no entanto, tem até aqui sido um referencial pela atitude coerente com o discurso adotado. Hoje (22/09), na Sardenha, desferiu forte ataque ao sistema econômico global ao afirmar que não é mais possível continuar a ter como base de vida “um deus chamado dinheiro”. Clamou por trabalho (o que é bem diferente de emprego, aqui em Campos sabemos a nítida diferença). "Eu vejo sofrimento aqui... isso os enfraquece e rouba a esperança", disse ele. "Perdoem-se se usar palavras fortes, mas onde não há trabalho não há dignidade." E emendou: "Não queremos esse sistema econômico globalizado que nos faz tão mal. Homens e mulheres têm que estar no centro (de um sistema econômico) como Deus quer, não o dinheiro. “O mundo passou a idolatrar esse deus chamado dinheiro", disse ele. Recente, semana passada, tivemos notícia de que mexeu na Cúria Romana. Ensinam-nos a exaltar os mortos - estes não mexem em suas biografias -, eu me rendo à expressão existencial viva do Papa Francisco. Que continue a expressar a inconformidade com valores que nos mantém bestas, em pleno século XXI.