Campos: Para que merendeiros se temos diretores?
José Paes 03/09/2013 21:07

Circulou nas redes sociais a denúncia de que alunos da escola municipal Carlos Chagas estariam sem a merenda por falta de cozinheiro. Hoje, a Secretaria municipal de educação emitiu a seguinte nota, esclarecendo a situação:

“A Secretária Municipal de Educação, Cultura e Esportes, Marinéa Abude afirma que, em nenhum momento, os alunos da Escola Municipal Carlos Chagas ficaram sem merenda. A unidade estava sem merendeira, mas a diretora da escola preparava o alimento. Ela acrescenta ainda que a situação já foi resolvida com encaminhamento de um profissional desta área para a unidade”

Sinceramente, não sei o que é mais absurdo, se a denúncia ou se a resposta da Secretaria de educação. A falta da cozinheira, por si só, demonstra a falta de organização da rede municipal de ensino, que sequer consegue disponibilizar uma merendeira para uma escola. Mas o que me espantou ainda mais foi a afirmação de que a diretora da escola era quem estava preparando o alimento para os alunos.

Ou seja, a profissional responsável por organizar e chefiar os trabalhos escolares foi obrigada a deixar suas funções para cozinhar. Alguém que deveria zelar pela qualidade do ensino da escola e cuidar da sua área administrativa, por absoluta incompetência dos gestores públicos municipais, foi obrigada a se ocupar do preparo de alimentos. Um absurdo injustificável. É por essas e muitas outras que o município tem a pior educação do estado.

Ao me deparar com essa situação, me surgiram também algumas dúvidas: As merendeiras escolares são concursadas ou contratadas? Há alguma empresa contratada para fornecer o serviço desses profissionais? Se há, qual a razão para falta de merendeira na escola Carlos Chagas? Há outras escolas nessa mesma situação? Há outros diretores de escola atuando como cozinheiros?

Com a palavra a Secretaria de educação.

Aqui, no blog do Bastos, o leitor poderá ter maiores informações sobre a situação.

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