O Brasil visto de fora
lucianaportinho 21/08/2013 19:04
É da natureza o corpo andar junto com a cabeça. Em política recomenda-se  ao contrário e quando não, desemboca em crise social como a que veio a furo em junho, expressa por milhões de brasileiros nas ruas do país. Se durante quase três décadas o mundo ouvia falar da jovem democracia, da brutal desigualdade social e da promissora economia, o ano de 2013 irrompeu atravessado no noticiário internacional. Inaugurada nova etapa de uma história sem final e com ponto de interrogação. “O Brasil nunca mais será o mesmo, será um país melhor”? A indagação foi estampada dois dias atrás na primeira página do jornal El Paìs (Madri, Espanha). É questionamento que as demais nacionalidades (e nós brasileiros) desejamos formular. A matéria assinada por Juan Arias destaca e entrevista do jornalista William Waak, da Globo News, a três analistas políticos sobre as manifestações que vem ocorrendo em todo o país. Arias classifica o antropólogo Roberto DaMatta como um dos profissionais mais respeitados no país e ressalta que, durante a entrevista, ele não arriscou a “profetizar” como será o Brasil após “o despertar da sociedade”. No texto, Arias afirma que o Brasil quer “algo melhor” e tem esperança “de quem não desiste da democracia como a única forma desenvolvimento humano e econômico". A reportagem cita a ação de pequenos grupos “extremistas” nos protestos e esclarece que eles não representam os desejos da maioria da população, que não quer a volta do regime militar ou pregar a anarquia. “Como sair deste dilema?”. “Como mudar os políticos e os partidos para a sociedade que não se sente representada, sem ferir gravemente o sistema democrático não pode, neste momento, existir sem mediação política?”, pergunta Arias, que destaca que a solução não será fácil, mas os brasileiros vão encontrá-la e a resposta deve vir em breve, nas urnas. O jornalista arrisca caminhos que partidos políticos devem tomar após a mudança que mudou o país e encerra afirmando que o “Brasil deixou de acreditar nas promessas” e “Tornou-se um adulto”. Fonte. Jornal do Brasil  

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