Quem será o vice de Lindbergh?
Alexandre Bastos 30/08/2013 11:59

Empenhado em fazer o PT desembarcar do governo Sérgio Cabral e em consolidar seu nome na disputa ao Palácio Guanabara, o senador Lindbergh Farias trabalha, apressadamente, em busca de um vice. O senador tem até o dia 5 de outubro para mostrar que é capaz de reunir apoios e viabilizar sua candidatura ao governo em 2014. O prazo é o limite para as filiações, e passa a ser também a última oportunidade para Lindbergh trocar de partido, caso não consiga convencer a executiva nacional do PT a bancar uma candidatura própria no Rio.

Lindbergh já conversou com pelo menos cinco possíveis candidatos para a vaga de vice, na tentativa de fazer frente ao enorme arco de alianças que tem acompanhado as gestões peemedebistas no governo do estado e na prefeitura. Um deles é o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB) – que, desde a última semana, manifestou-se interessado em disputar ele próprio o governo, diante da queda na popularidade de Sérgio Cabral. Também foi sondado o senador Francisco Dornelles, do PP, o deputado estadual André Corrêa, do PSD, a ex-prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset, PDT, e Pedro Fernandes, do PMDB, que está de malas prontas para o Solidariedade.

Cada um tem, a seu modo, alguma contribuição numérica importante para uma possível candidatura ao lado de Lindbergh. O principal é Crivella, escolado em campanha para o governo e a prefeitura do Rio, com votos, sobretudo, entre os evangélicos, decisivos para a conquista da vaga no Senado em 2010. Nunca, no entanto, conseguiu chegar a um segundo turno em uma disputa majoritária. Mas Crivella não desiste: “Creio que meu partido tem muito a contribuir para o desenvolvimento do Rio, sobretudo no plano social”, afirma, reiterando a vontade de se candidatar para o governo e montar mais um palanque para a reeleição de Dilma Rousseff no estado.

O cargo de vice é um trunfo no período eleitoral. Uma das ideias iniciais do PT do Rio é procurar alguém com força na Região Metropolitana para que Lindbergh consiga fazer um contrapeso ao pré-candidato Anthony Garotinho (PR), com maior força no interior no estado. A estratégia, pensada pelo próprio PT-RJ, é a de evitar – pelo menos por enquanto - um embate entre Lindbergh e Garotinho no primeiro turno, para que os dois se enfrentem na segunda rodada. O PT aposta na rejeição do deputado federal do PR para aumentar as alianças em um provável segundo turno.

Fonte: Veja

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