Quebra-quebra, Rio, guerrilha
lucianaportinho 18/07/2013 17:13
Como em guerra de guerrilha as manifestações, em suas espinhas dorsais, se movem nas redes sociais de modo a confundir a força repressiva do Estado. Somos de fato diferentes de muitas sociedades. Em algumas, os protestos sociais tomam as ruas e para isso pedem garantia à polícia afim de que percorram o trajeto escolhido sem incidentes maiores. [caption id="attachment_6698" align="aligncenter" width="619" caption="Fts.Daniel Ramalho, Terra"][/caption]

No Rio de Janeiro, evidente que para além da exaltação popular com políticos, política e autoridades públicas em geral, há uma organização articulada e inteligente por dentro dos últimos episódios na Zona Sul. Não me parece mais uma manifestação espontânea. Não nego que existam tantos de boa fé política,  que sobrem  motivos para uma implosão social, mas, lá o eixo se inverteu. Alguns aspectos do que acontece no Rio de Janeiro intrigam. Um deles é o despreparo da inteligência policial.

O secretario de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que o governo está adotando medidas flexíveis para conter o vandalismo nas manifestações, procurando um caminho intermediário entre a ausência e a austeridade, numa situação caótica. “Estamos aprendendo com o processo”, afirmou Beltrame. Segundo o secretário, a polícia agiu com tolerância e discernimento no policiamento desta madrugada, apesar de ter sido atacada pelos manifestantes radicais. “Não temos um planejamento fixo. Vamos manter a postura flexível e, a cada protesto, fazer avaliações e ajustes necessários”, afirmou Beltrame, acrescentando que não existe um protocolo para situações de turbas ou conflitos. Tá bom, que como disse o Beltrame não exista um manual de procedimentos. Em táticas novas virtuais um manual seria rígido e velozmente fadado ao fracasso. Mas, como não percebem quando esses mascarados chegam, de onde eles vêm e para onde vão ao final do quebra-quebra? Porque não os prendem em flagrante quando as câmeras das TVs os filmam jogando pedras nas fachadas dos estabelecimentos? Porque não baixam, uma determinação que proíba o uso de máscaras, por tempo necessário como fará a segurança do Papa? Bom lembrar que o crime organizado há muito, facilmente, se organiza e se comunica de dentro dos presídios, com total desenvoltura. Não penso em grande conspiração, nem tese de golpe militar. Claro que também podem ter adversários políticos do Cabral, de olho em 2014, tirando casquinha do inferno astral que se abateu sobre o governador desde as primeiras manifestações de junho. Tudo bem estranho, turvo, de difícil compreensão.  

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