Espaço para a imortalidade
lucianaportinho 07/07/2013 01:30
Na próxima quarta-feira, a Academia Campista de Letras (ACL), publica o primeiro de uma série de editais mensais para preenchimento das vagas existentes no corpo da instituição. Quando completa, a ACL congrega 40 acadêmicos. A academia campista se referencia em a Academia Brasileira de Letras que por sua vez inspira-se na Académie Française, ambas com 40 membros, os imortais. Como lhe é peculiar, o trânsito interno na ACL é cauteloso. A cada mês, subsequente ao do primeiro edital publicado, virão os demais, até que seja completado o número previsto em seus estatutos, que é o da eleição membro a membro, cadeira a cadeira. Assim se realiza uma das necessidades da entidade que é o de incorporar novas mentes e braços no cotidiano da casa. “Com esforço, a diretoria eleita pela Chapa “Amor e Unidade” está cumprindo o seu compromisso; manter a ACL ativa — ao oferecer a nossa parcela criativa à vida da cidade — e ao dar a partida no processo de renovação da academia. Agrademos de público aos membros que têm possibilitado a execução das nossas propostas”, fala o presidente Hélio Coelho. [caption id="attachment_6615" align="alignleft" width="390" caption="Ft. Folha da Manhã"][/caption] Nos dias de hoje a ACL se ressente da ausência de cinco acadêmicos falecidos e de cerca de mais dez que se encontram afastados por motivo outros como doença, idade avançada, ou por não mais residirem no município. “Temos algo em torno de um núcleo de 20 acadêmicos atuantes. Cada qual com suas agendas profissionais e pessoais intensas, é nossa responsabilidade arejar a instituição, capacita-la com novos quadros”, frisa Hélio. O processo eleitoral se inicia com o preenchimento da vaga da cadeira nº20, cujo patrono é José Bernardino Batista Pereira de Almeida. A última a imortal que ocupou esse assento foi Ivanise Rodrigues. As pessoas que se habilitam preenchem um requerimento (anexo o seu currículo), dirigido ao presidente e que será apreciado por comissão eleitoral específica. Sendo escolhido, ao discursar no ato da posse aos demais imortais, apresentará um estudo mais demorado sobre o patrono bem como sobre o último acadêmico que ocupou a cadeira. Para isso, poderá recorrer à própria biblioteca da ACL que possui material farto e também ao imortal e pesquisador campista, Wellington Paes, ele escreveu um livro que traça toda a trajetória dos patronos da academia. Uma vez publicado o edital, podem se candidatar aqueles que residam em Campos e que desenvolvam atividades reconhecidas como relevantes no campo das letras, ciências e artes, não é necessário que tenham livro publicado. “Não é necessário ser campista de nascimento e sim de coração. A falar pelo postulante é o curriculum vitae — sua vida e obra. Não precisa livro escrito, podem ser artigos, matérias jornalistas, construção poética, artigos acadêmicos, vinculação a atividades culturais, artísticas e ou científicas. Esperamos que o processo suscite debate que responda aos anseios de tantos que desejam ver a ACL aberta”, diz Hélio Coelho. A eleição dos novos imortais na academia campista é parte do processo que culminou na condução de Hélio Coelho à presidência. “Foram quatro meses de arrumação, continuidade e inovação. Estamos saindo da rotina das segundas-feiras, criando eventos nas sextas e aos sábados. Participamos de debates e programas de rádio ao falar de assuntos culturais. O espaço mensal aberto pela a Folha da Manhã nos aproxima da sociedade campista. Encontramos-nos em fase de agendamento de um encontro com a Prefeita. Há sinais de que algo positivo à academia resultará do encontro”, finaliza. Luciana Portinho Capa da Folha Dois, sábado, 06/07.    

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