Sem Fronteira para voar mais alto
23/06/2013 10:06

Alunos brasileiros de graduação, pós-graduação e de cursos técnicos também têm oportunidade de estudar no exterior e conhecer a cultura de outros países. O governo federal lançou, em 2011, o Programa Ciência sem Fronteiras para estimular os interessados que cursam graduação, pós-graduação ou cursos técnicos. Até o início deste ano, cerca de 18 mil bolsas foram oferecidas, segundo o Ministério da Educação (MEC). Em Campos, desde 2011, cerca de 43 alunos da Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), já foram beneficiados pelo programa.

De acordo com a coordenadora do Programa de Iniciação Científica da Uenf, Adriana Jardim, o programa abrange, na universidade, alunos das áreas tecnológicas, biológicas, engenharias e saúde. Segundo ela, além do aprendizado e enriquecimento no currículo, a oportunidade de poder estagiar ou estudar em outro país é um grande ganho para o aluno e a universidade, que garante novas experiências e parcerias.

— Os alunos realizam um cadastro num edital público, pelo site do programa e recebe a homologação da matrícula da Uenf. Em seguida, são aprovados através de critérios do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os beneficiados no programa têm oportunidade de conviver com estrangeiros e conhecer de perto suas culturas e tradições. Os alunos retornam empolgados e dispostos para desenvolver suas experiências e aprendizados. Durante esses dois anos, os alunos da Uenf puderam ter experiências na Espanha, Portugal, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, dentro outros — disse a coordenadora.

A aluna do curso de Medicina Veterinária da Uenf, Gabriele Mothé, relatou que a experiência em estagiar no exterior é um grande passo para aqueles que almejam sucesso no mercado de trabalho. “Passei seis meses aprimorando meus estudos na Universidade do Porto, em Portugal. Enquanto estive lá, pude perceber que a profissão de veterinária é menos valorizada do que no Brasil. Em contrapartida, a tecnologia de lá é maior, pois exames, que aqui no Brasil necessitam do aval de outros especialistas, em Portugal o próprio profissional em veterinária realiza os exames. Em agosto, vou fazer um mestrado de reprodução veterinária em São Paulo”, comentou.

A estudante do 9º período de Engenharia de Produção, Elaine Moreira, cursou dois períodos na Pennsylvania State University, nos Estados Unidos, disse que a experiência de estudar em outro país a estimulou em desenvolver ainda mais o aprendizado. “Fui pesquisadora em Iniciação Científica. A experiência é muito importante para o meu futuro”, finalizou.

Dulcides Netto

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