Árvores — algumas quase centenárias — estão sendo tombadas no Parque Alzira Vargas, na área central de Campos. No local, está sendo construída a Cidade da Criança, que teve sua obra iniciada no segundo semestre de 2012. O parque temático, segundo o governo municipal, será o primeiro no quesito lazer e infraestrutura em toda a região Norte e Noroeste fluminense. Entretanto, a população se questiona sobre o motivo da queda das árvores.

Quando questionada, a secretaria municipal de Meio Ambiente explicou que, apenas, seis árvores foram retiradas — quatro oitis e duas da espécie pau-ferro — com objetivo de dar continuidade ao projeto do parque temático. Ainda ressaltando que foi assinado um termo de compensação, onde serão fornecidas 565 mudas de árvores a serem plantadas em diversos pontos da cidade. Segundo a secretaria, crianças moradoras de conjuntos habitacionais participarão deste projeto.

O ambientalista Aristides Soffiati contou que foi abordado por dois moradores da cidade, que se questionaram sobre o que fazer a respeito. Ainda de acordo com ele, árvores não são protegidas por lei, porém, são necessárias. “Realmente estas árvores são muito antigas. Só que a prefeitura tem o projeto de replantá-las, o que é de extrema importância. Havendo interesse público e social, elas podem ser retiradas”, relatou o ambientalista. 

Soffiati explicou que em Campos não existe um programa de arborização urbana digno deste nome. Além do mais, é do conhecimento de todos, que há qualidade de vida quando há árvores. “O clima fica melhor, a temperatura fica mais branda e a oxigenação é maior. Campos é uma cidade grande e há a necessidade de um programa de arborização urbana de verdade, que funcione”, concluiu.

Marcelle Salerno