Penduricalho
lucianaportinho 08/05/2013 02:18
Examinando, pela primeira vez, o organograma da Reforma Administrativa do governo Rosinha Garotinho, publicado aqui, no blog de Gustavo Matheus, um vazio logo me chama a atenção. Não haverá uma secretaria para pensar o futuro de Campos. Essa função normalmente, na administração pública, cabe ao Planejamento. Não há. Está tudo separado: pesca, agricultura, turismo, petróleo, urbanismo, desenvolvimento econômico. Qual órgão, em uma visão alargada de horizonte para o município, ficará encarregado de captar as demandas setoriais, agregá-las por ordem de prioridade e ao mesmo tempo apontar para uma concepção de vida comum desejável. Criaram algumas secretarias como a das Relações Institucionais, da Pesca, do Idoso, da Paz e Defesa Social. Sei não, me lembrei dos tempos da ditadura... ‘Moral e Cívica & Organização Social e Política do Brasil’, lembram? Meio, ame ou deixe-o. Que tipo de ameaça externa ou interna ameaça os campistas?  Defesa Social se faz com geração de emprego, educação, cultura, saúde, moradia, transporte, liberdade, preservação do patrimônio ambiental etc. Qual será o escopo da Pasta?! Criará um batalhão pela Paz e Defesa Social? Voltaram com o nome antigo para a Fazenda, desistiram da nomenclatura Finanças; na prática de Finanças não se tornou, continuamos tão atrelados aos royalties como antes. E criaram uma Secretaria andrógina, mistura Educação, Cultura e Esporte. Um monstrengo administrativo, retrocesso a um dos municípios do estado do Rio de Janeiro que há décadas  - corretamente - separou Cultura, da Educação. Agora, no mesmo balaio enfiaram o Esporte. Bom, ou o titular da pasta será um gênio ou (mais provável) uma nulidade. Quanto ao aumento dos cargos comissionados, sinceramente não me causa espanto. Sabe-se que sobre o valor bruto de um DAS 1, de cara o leão come 27,5%, aí vem o INSS. Defendo, que todo assalariado seja remunerado a contento e dele seja exigido a contrapartida: dedicação, criatividade, iniciativa, competência e produtividade. Remuneração baixa nunca foi modelo propício à atração de cérebros independentes. A grande questão não é o valor e sim a quantidade descontrolada dos cargos comissionados e funções gratificadas na máquina pública municipal, isso sim. Voltaremos ao assunto.    

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