O campista internacional
lucianaportinho 10/04/2013 23:52

Arte vai além-mar

[caption id="attachment_6019" align="aligncenter" width="450" caption="Ft. Folha da Manhã"][/caption]

A felicidade para o artista é ter a agenda cheia. Não por acaso, o artista plástico campista João Oliveira, anda leve, pisando nas nuvens. Quando descer aportará em algum canto do mundo. Em Campos, o artista era reconhecido, há tempos. Pela exposição virtual da imagem e de suas telas expostas no Trianon, em outubro do ano passado, na rede social Facebook, João Oliveira chamou a atenção de um agente cultural na Europa. Daí em diante, os convites para exposições se multiplicam. A primeira exposição internacional aconteceu no mês de março passado, em Paris, França. Foi na Galerie Arts & Events, a “Conexion Art Mondial”, próximo ao famoso Centro Cultural Pompidou. Dos 16 artistas participantes — cada um com duas obras — de um total de 32 obras expostas, o artista campista teve o privilégio de ser o único a vender um quadro. A curadoria foi de Heloisa de Aquino Azevedo.

— Há muito almejava isso, sair com minha arte para além de Campos. Com a exposição “Criancices”, do ano passado, no Trianon, postei os trabalhos no Facebook. Aí, um cidadão Frances James, da cidade de Humenne, Eslováquia, gostou do que viu e me propôs fazer gratuitamente um vídeo. “Entra no Face daqui a 24h que o vídeo estará na rede”, me disse ele. De imediato, foram 91 compartilhamentos — disse João.

Esta pessoa que fez o vídeo para João integra a Solitart Gallery Frantsek Jakub, é patrocinada pela prefeitura de Humenne para incentivar artistas (pintores e escultores) no mundo inteiro. Heloísa, Comissária de Arte em Paris, no segundo dia do vídeo na rede social, entrou em contato com João, convidou-o a participar de uma exposição. O resultado está descrito acima, o artista passou 10 dias em Paris, “uma experiência maravilhosa, aconteceu de tudo, sem pompa, tudo à vontade”, vendeu um quadro, ganhou medalha. Segundo o artista, a última exposição em Paris contou como  apoio da Embaixada Brasileira em Paris que se fez representar e expediu convite virtual à comunidade europeia.

Desde então, estabeleceu-se uma troca intensa, com gente de Brasília, da Itália, São Paulo... Assim como diz o povo “desgraça atrai desgraça”, “oportunidades criam oportunidades”, já em maio levará dois quadros para o Salão de Maio de Arte Contemporânea no Museu das Américas, Miami, EUA. Também em maio participa de exposição na sede da termoelétrica UTE Norte Fluminense em Macaé. A UTE faz parte do grupo EDF — Electricité de France. Serão 20 dias na sede em Macaé, 20 dias na Central da empresa no Rio de Janeiro e ainda há a possibilidade de essa exposição ir para a sede geral da EDF, na França. Em 15 de junho, João Oliveira, vai à Itália. De lá, em 20 de junho, volta à Paris. Dessa vez estará no Carrosssel du Louvre. Ao todo são 100 artistas brasileiros. O campista fará o fundo do palco, o cenário de quatro metros de altura levará sua assinatura. Ele também projetou uma instalação; grandes losangos intercalados de figuras indígenas mesclados com a bandeira do Brasil, que permitam a passagem por dentro deles e, sejam vistos dos dois lados.

Luciana Portinho

Capa da Folha Dois de hoje, 10 de abril.

 

 

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