Pescadores querem comporta reaberta
21/03/2013 21:03

Um protesto realizado pelos pescadores liderado pela Associação dos Pescadores Artesanais do Rio Paraíba do Sul (Parque Prazeres) aconteceu durante a manhã desta quinta-feira em frente à comporta do rio Paraíba, logo depois da Usina São João, pela estrada que vai até Gargaú, resultando no fechamento da RJ 196. A manifestação, que contou com a presença do presidente da Comissão de Pesca, o vereador Luiz Alberto, Neném, se deu devido à indignação da categoria com a situação da comporta, que permanece fechada, obstruindo a passagem dos peixes para cerca de 30 lagoas na região.

O vereador informou que já protocolou um oficio no Ministério Público solicitando a abertura da comporta da localidade.

— Pude perceber o absurdo que está acontecendo. Segundo o presidente da associação dos pescadores, Valdemir Alves, eles querem a abertura das comportas para que os alevinos, ou seja, os peixes pequenos, possam chegar ao berçário e assim continuar a reprodução. Outro pescador, Izael Cordeiro, reclamou que mesmo sem peixe os pescadores são obrigados a pagar o imposto sindical — disse, ressaltando que os pescadores desejam um aumento do defeso, período de proibição de pesca, com o objetivo de permitir a reposição e crescimento da população de algumas espécies de peixe.

— Uma comporta que não abre, na verdade, é uma barragem. A água que chega até todas essas lagoas está impedida de fluir e isso prejudica a produtividade dos peixes, comprometendo a fonte de renda dos pescadores, que, inclusive em alguns casos, ficam sem peixe até mesmo para se alimentar. O que os pescadores estão reivindicando é apenas a abertura da comporta, a limpeza dos canais e o aumento do defeso, que é estabelecido pelo Governo Federal em quatro meses, em mais dois meses. Em troca, eles se propõem a ajudar nas limpezas dos canais e na plantação de árvores ao longo dos rios. Além disso, os pescadores informaram que a própria força das águas já ajuda na limpeza dos canais — disse Neném, acrescentando que vai procurar o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em busca de explicações sobre a comporta fechada.

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