O Agachamento pela frente (Prof. Ms. Pedro Ivo Cosenza)
Marcos Almeida 06/03/2013 19:22
Comecei a utilizar o agachamento pela frente há uns três anos como forma de minimizar o esforço de colocar a barra nas costas dos meus alunos particulares que treinavam na academia (a maioria das grandes academias do Rio de Janeiro não possui um hack para agachamento livre!!!!!). Como regra de trabalho, antes de inserir qualquer exercício nos programas de treino dos meus alunos, testo pessoalmente algumas vezes de modo a ganhar experiência e sentir o que estarei exigindo deles. Para minha total surpresa (tenho que confessar que tinha certo receio do movimento, achava muito complicado para alunos de academia...) achei o exercício sensacional, apesar de fácil na sua execução levava a um trabalho excepcional para o membro inferior com uma carga que era em torno de 20-30% menor que a utilizada com o agachamento por trás (tradicional). Além disso, como a barra se encontra apoiada no deltóide anterior (por isso agachamento pela frente), não se pode flexionar demais o tronco sob o risco de a barra cair. Essa combinação de fatores: menor carga total (20 a 30%) e menor projeção do tronco à frente, permite minimizar a carga aplicada na coluna lombar garantindo uma maior segurança ao exercício. Um trabalho publicado no Journal of Strength and Conditioning Research (a revista científica oficial da NSCA) em 2008, foi um dos primeiros a comparar a atividade elétrica dos principais grupos musculares envolvidos nas duas formas de agachamento. Foi demonstrada uma atividade muscular semelhante para os vastos lateral e medial, o reto femoral, os isquiotibias e ainda para os eretores da coluna. Além disso, os autores também observaram uma menor força de compressão tíbio-femoral no agachamento pela frente. Dessa forma, além da coluna, o joelho também parece estar em uma condição mais favorável no agachamento pela frente (acredito que principalmente em função da redução da carga total). Entretanto, como acontece com qualquer exercício, a execução perfeita e a aplicação adequada da carga devem ser respeitadas para que se minimizem os riscos do programa de treinamento. Além disso, é necessário que se tenha boa mobilidade no ombro e punho para assumir a posição inicial.
Prof. Ms. Pedro Ivo Cosenza
Fonte: Moveman Atualizado às 5:50: correção
  Gullett, JC; Tillman, MD; Gutierrez, GM and Chow, JW. A biomechanical comparison of back and front squats in healthy trained individuals. J Strength Cond Res 23(1): 284-292
O Agachamento pela frente (Por: Prof. Ms. Pedro Ivo Cosenza)  	Comecei a utilizar o agachamento pela frente há uns três anos como forma de minimizar o esforço de colocar a barra nas costas dos meus alunos particulares que treinavam na academia (a maioria das grandes academias do Rio de Janeiro não possui um hack para agachamento livre!!!!!). Como regra de trabalho, antes de inserir qualquer exercício nos programas de treino dos meus alunos, testo pessoalmente algumas vezes de modo a ganhar experiência e sentir o que estarei exigindo deles. Para minha total surpresa (tenho que confessar que tinha certo receio do movimento, achava muito complicado para alunos de academia...) achei o exercício sensacional, apesar de fácil na sua execução levava a um trabalho excepcional para o membro inferior com uma carga que era em torno de 20-30% menor que a utilizada com o agachamento por trás (tradicional). Além disso, como a barra se encontra apoiada no deltóide anterior (por isso agachamento pela frente), não se pode flexionar demais o tronco sob o risco de a barra cair. Essa combinação de fatores: menor carga total (20 a 30%) e menor projeção do tronco à frente, permite minimizar a carga aplicada na coluna lombar garantindo uma maior segurança ao exercício. Um trabalho publicado no Journal of Strength and Conditioning Research (a revista científica oficial da NSCA) em 2008, foi um dos primeiros a comparar a atividade elétrica dos principais grupos musculares envolvidos nas duas formas de agachamento. Foi demonstrada uma atividade muscular semelhante para os vastos lateral e medial, o reto femoral, os isquiotibias e ainda para os eretores da coluna. Além disso, os autores também observaram uma menor força de compressão tíbio-femoral no agachamento pela frente. Dessa forma, além da coluna, o joelho também parece estar em uma condição mais favorável no agachamento pela frente (acredito que principalmente em função da redução da carga total). Entretanto, como acontece com qualquer exercício, a execução perfeita e a aplicação adequada da carga devem ser respeitadas para que se minimizem os riscos do programa de treinamento. Além disso, é necessário que se tenha boa mobilidade no ombro e punho para assumir a posição inicial. Quem se interessar pelo assunto pode me mandar uma solicitação que envio o trabalho citado. Bons treinos e até a próxima!!!!  Gullett, JC; Tillman, MD; Gutierrez, GM and Chow, JW. A biomechanical comparison of back and front squats in healthy trained individuals. J Strength Cond Res 23(1): 284-292
 

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    Marcos Almeida é assessor esportivo, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana.

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