Um novo tempo para a Academia
lucianaportinho 04/03/2013 14:55
[caption id="attachment_5860" align="aligncenter" width="450" caption="ft. Folha da Manhã"][/caption]

 

Nascimento é dia de comemoração assim como posse invariavelmente é festiva. Em se tratando da posse da nova diretoria, de a instituição mais emblemática da Cultura de Campos, a Academia Campista de Letras, o evento solene é de amplo congraçamento. A solenidade será hoje em sua sede, na Praça Dr. Nilo Peçanha (Jardim São Benedito), com início às 19h30. Uma nova diretoria toma posse, um novo conselho fiscal, uma nova assessoria cultural, para o biênio 2013/2014. Assumem: Hélio de Freitas Coelho, Presidente; Fernando da Silveira, 1º Vice-presidente; Gilda Wagner Coutinho, 2º Vice-presidente; Heloisa Helena Crespo Henriques, 1ª Secretária; Herbson da Rocha Freitas, 2º Secretário; Sylvia Márcia da Silva Paes, 1ª Tesoureira; Wellington Paes, 2º Tesoureiro e Aristides Arthur Soffiati Netto, Diretor de Patrimônio. O professor Hélio de Freitas Coelho foi, por unanimidade, eleito no final do ano passado o novo presidente, na Chapa Unidade e Amor à Academia. Para o acadêmico e professor Fernando da Silveira, é uma honra levar Hélio Coelho à presidência, “Sem dúvida alguma, Hélio é um dos maiores acadêmicos, embora jovem, com pouco tempo de academia. É um dos maiores professores no magistério universitário local, querido por alunos, respeitado por colegas. É um ensaísta, um compositor, um professor de história com embasamento sociológico. É mesmo um dia de festa, ele traz à academia a imagem da juventude, essa renovação. Ao elegê-lo a ACL mostrou que quer renovação”, frisa Fernando da Silveira. — Minha eleição vem em momento de grande maturidade intelectual e pessoal. Minha trajetória confirma o valor da democracia que trago, vamos conviver com a diversidade na certeza de que haverá um trabalho conjunto. Não será o presidente Hélio Coelho que fará isso ou aquilo. Faremos uma gestão para difusão do conhecimento. Queremos colaborar em despertar o jovem para o encantamento que é a poesia, a música. A ACL não pode se restringir a ser um espaço de puro beletrismo e sim um centro de produção, um espaço de sedução de novos valores e talentos -, afirma o novo presidente. Partindo desse entendimento, Hélio Coelho de pronto aceitou o convite de parceria com o jornal Folha da Manhã. A partir de agora, em toda terceira sexta do mês, a ACL ocupará a página da Folha Letras. “Nessa primeira página de março, farei o artigo de abertura reconstruindo um pouco o histórico da Academia, como a instituição se situa na seara cultural de Campos. Daí para frente, a cada mês, um acadêmico escreverá sobre teoria literária ou sobre assunto de relevância literária”, esclarece. Hélio Coelho compreende que uma casa com o perfil da Academia Campista de Letras não pode estabelecer hierarquização de saberes. “São diferentes os olhares, temos formas diversas e conteúdos que acrescentam ao mundo das letras. A diversidade é um desafio. No espaço das letras existem eventos artísticos que nos últimos anos a impulsionaram. A nós, cabe o reconhecimento das múltiplas manifestações”. Originariamente a ACL é composta de 40 membros. Na atualidade existem 10 vagas abertas, por motivo de falecimento do titular. Por isso, uma das primeiras tarefas que o novo presidente anunciou será o de abrir o Edital Público dando conhecimento à sociedade. Nele é divulgado o prazo aos interessados para que se apresentem, mostrem as credenciais, seu trabalho e ações na área cultural. Os pretendentes são então avaliados por comissão formada especialmente para esse fim, sendo então submetidos à eleição pelos acadêmicos. Para ser um acadêmico não é exigido ter uma obra publicada. Agora, é sim necessário que tenha uma atividade reconhecida na área cultural, nas letras, na arte, que seja portador do conhecimento e amor à cultura. Unidade de pensamento expressa também o acadêmico, professor e poeta Joel Ferreira Mello para quem, Hélio Coelho à frente da ACL significa uma fase nova. “É uma investida em retomar uma dinâmica própria. A entrevista dele à Folha, em 10 de dezembro passado, representa o nosso pensamento, o da admissão de novos membros, edição de livros; estamos de braços abertos à comunidade”, ressalta o acadêmico. Personalidades destacadas da intelectualidade campista, ainda que não integrem os quadros da academia como o teatrólogo e articulista da Folha, Fernando Rossi, falam com entusiasmo do novo cargo que o professor assume: “Ele foi meu professor, reconhecidamente ligado à Cultura, sensível, vai agregar sangue novo à academia”, diz Rossi. Consciente da “articulação dialética entre os livros e a vida”, com 45 anos de magistério e 65 anos de vida vivida, Hélio Coelho é pai de quatro filhos, evoca a sua vida com orgulho por ter servido à sua terra. Luciana Portinho

Capa da Folha Dois de hoje (04/03)

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