Foi publicado no Blog do Garotinho por seu moderador o que seriam as "provas materiais" que comprovariam a tresloucada tese de falsificação de documentos do IPTU que mostram um erro de cobrança da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Campos. As alegações não resistem a uma perícia de jardim de infância, senão vejamos:

- O primeiro argumento usado é que as margens do boleto da 2a via estariam fora do padrão. Nenhum sistema que gere boletos para impressão pode prever como ele será impresso. Usuários tem computadores diferentes, usam impressoras diferentes, papéis diferentes, browsers diferentes, gerando, portanto, configurações e impressões diferentes. Um padrão somente se consegue com a impressão feita pelo próprio cedente, como no caso do carnê. Jamais em uma 2a via disponível na Internet.

- A tese de montagem de dois boletos em um só é um criativo passo a passo de como "falsificar" um boleto. Ele presume o que pode ter sido feito, em sua tese, usando o terreno de inscrição municipal anterior, que é vizinho, para gerar uma mescla de dados. Jamais ele cogita o que realmente aconteceu, o erro do sistema de 2a via do IPTU, o mesmo que está fora do ar há mais de uma semana e que quebrava o sigilo da propriedade e do imposto do contribuinte. Ou seja, para ele, o sistema, com várias falhas detectadas, é infalível. E o leitor deve ter cuidado para não pagar o imposto do vizinho.

- Ao invés de assumir e buscar reparar o erro administrativo, é criada uma teoria de falsificação de um simples documento de IPTU em uma Prefeitura que faz licitações de milhões, tendo como alvo o blogueiro que postou a nota e que nem gerou o boleto, cuja fonte garanto toda a sua irrestrita fidedignidade

- Talvez seja o primeiro caso de provas materiais sem que os documentos originais tenham sido examinados. Poderia prosperar no chavismo talvez.

- Seria o "especialista" alguém da Secretaria de Finanças?