EXEMPLAR
lucianaportinho 21/01/2013 09:26
Luciana Portinho Em 1628, isso mesmo, em 1628, foi posto ao mar o mais caro e ricamente ornamentado navio de guerra real construído pela Suécia, até então. Era 10 de agosto de um dia claro de verão com vento fraco. A bordo uns 100 homens, mas, também suas mulheres e crianças. O navio se deslocou 300 metros, o vento mudou de direção subitamente, a embarcação adernou e foi a pique. Os habitantes de Estocolmo, capital do país, se espremiam no cais para assistir a partida, desejar uma boa trajetória. Foram testemunhas do naufrágio. Foi uma catástrofe, uma comoção nacional. Então vigorava, a máxima: “Depois de Deus, a saúde do reino depositado em sua frota” dizia então, Gustavo II Adolfo, rei da Suécia. [caption id="attachment_5600" align="aligncenter" width="320" caption="Ft.Imagem Google"][/caption] O nome desta nave marítima: Vasa. Nela, foram empregados no casco, mil carvalhos, 64 canhões de grosso calibre, mastros de mais de 50 metros de altura, centenas de esculturas douradas e pinturas; levaria 145 homens na tripulação e 300 soldados. [caption id="attachment_5601" align="aligncenter" width="550" caption="Ft. Google"][/caption]

Essa pequena história, verídica, é rica em detalhes dos quais vou me abster aqui. Durante 333 anos o Vasa ficou submerso nas águas frias e pouco salgadas do Mar Báltico. Em nenhum momento desses três séculos as autoridades suecas desistiram de tentar içá-lo, de explorar o seu interior, no fundo das águas escuras. Só no século XX, em 1961, o Vasa finalmente veio à tona. Foi então, todo recuperado em suas pinturas, entalhes e esculturas. Através dos utensílios encontrados, a vida daquela época se reconstituiu nos hábitos, e valores.

[caption id="attachment_5603" align="aligncenter" width="550" caption="Ft. Google"][/caption]

Desde então, já restaurado, foi construído um moderno museu temático ao seu redor, onde a luz externa não penetra, como se o Vasa estivesse em uma gigantesca capsula protetora, de diversos pavimentos climatizados. Até o ano de 2001, mais de 20 milhões de pessoas o visitaram. O Vasa, é fonte de turismo internacional ao compor a memória do país.

[caption id="attachment_5604" align="aligncenter" width="550" caption="Ft. Google"][/caption]

A razão de trazer aqui esta real história bonita e brava, nada mais é para que colabore no despertar de os campistas, nos serve de exemplo. O primeiro exemplo é que a história não se repete, é única, portanto, é razão da identidade de um povo enquanto “uma gente”. O segundo exemplo é que sendo de raiz particular, invariavelmente é motivo de orgulho ( pode também ser de vergonha), em todo caso, de preservação.

Por último, fica a certeza: tudo dá caldo, basta ter vontade ‘política’. É assim ou daqui a 333 anos, Campos terá reservado o vazio para contar aos seus.  

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