Ministério Público Federal pede paralisação de obras do Porto do Açu
Esdras

Alerta da gravidade da situação foi feita nesse blog e no site Somos Assim

[caption id="attachment_4123" align="aligncenter" width="756" caption="Esse blog e o site Somos Assim alestaram para a gravidade da situação em 17-10-201"][/caption] Em consequência do inquérito que investigou a salinização das terras do 5º Distrito causada pelas obras do canal do estaleiro do Complexo Portuário do Açu, baseado nos resultados de pesquisa realizada pelo Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Uenf (AQUI), ontem, o Ministério Público Federal em Campos ajuizou Ação Civil Pública com a EBX pedindo a paralisação de obras do porto. [caption id="attachment_4126" align="aligncenter" width="755" caption="A alta salinização do Cana de Quintigute foi constatada pelos pesquisadores da Uenf, mas ignorada pela LLX"][/caption] O pedido da interrupção da dragagem do canal do estaleiro e do adiamento do início da operação do porto do Açu veio em um momento delicado para Eike Batista, que tenta desesperadamente uma parceria com a Petrobras e o Governo Federal para viabilizar o empreendimento, abandonado pelos seus principais alvos investidores, como a chinesa Wisco (Wuhan Iron and Steel Group Co. Ltd. Roll), a quarta maior produtora de aço da China, e a siderúrgica Térniun, vista inicialmente por Eike como a “âncora” do Porto do Açu. Segundo o MPF, o objetivo dos pedidos é impedir o agravamento da salinização na região. O MPF também alertou ao grupo EBX para não modificar o curso ou a vazão do rio Paraíba, intervenção prevista no relatório de impacto ambiental para viabilizar o funcionamento da Termoelétrica do porto. Sandálias da humildade Diante dessa grave Ação Civil Pública, a EBX terá que modificar radicalmente a sua postura de indiferença e conveniente cegueira aos danos ambientais e sociais causados pelas obras do Porto do Açu, o que está colocando a finalização do seu megaempreendimento sob grande risco e agravando sobremaneira os riscos já existentes. A mensagem é clara, a região precisa do progresso, mas não a qualquer preço. Está na hora de o mega empresário Eike Batista calçar as sandálias da humildade, ouvindo os anseios da comunidade, investindo em um futuro sustentável para o seu negócio e preservar o meio ambiente, além respeitar o modo de vida das comunidades afetadas pela construção do porto, dando um basta às autoritárias desapropriações compulsórias por preços irrisórios e a negligência com a terra e água da região, um bem de todos. LEIA RELATÓRIO DO GATE NA ÍNTEGRA AQUI
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