Por incrível que pareça, a região tem pelo menos dois prefeitos vivendo sob ameaça. Um deles é o cel Josias Quintal, eleito em Santo Antônio de Pádua. Desde que descobriu um plano para mata-lo (um secretário municipal de Aperibé foi morto em seu lugar), Josias anda com segurança 24horas. Outro caso é o da prefeita de Conceição de Macabu, Lídia Mercedes, a Tedi, que disse ter sua vida mudar depois que denunciou autoridades no município, ano passado. Abaixo  uma entrevista com a prefeita, que relata seus momentos de temor por sua vida e de sua família:

Reeleita com a maior votação da história de Conceição de Macabu e, de quebra, também com a diferença mais larga para o segundo colocado na disputa eleitoral do município (47% a 34%), Lídia Mercedes (PT), a Tedi, ainda se recupera do desgaste da campanha eleitoral. Entretanto, a prefeita carrega marcas do que classificou, em entrevista exclusiva, como “os meses mais difíceis da vida”. De acordo com Tedi, seus problemas começaram quando, no fim do ano passado, ela denunciou o delegado que atuava na cidade e uma quadrilha que extorquia políticos e empresários. De lá para cá, a prefeita reeleita passou a colecionar ameaças verbais, por telefone, por cartas anônimas e até atentados, como uma tentativa de atropelamento. Num dos momentos mais emblemáticos, a chefe do Executivo chegou a registrar boletim de ocorrência mês passado quando dois homens foram detidos pela PM após serem flagrados rondando e fazendo fotografias da casa da prefeita. Mãe de três filhas (uma de 20, outra com 13 e a caçula de apenas 5 anos), Tedi afirmater sido obrigada a mudar completamente sua rotina diária. Segundo a prefeita, o trajeto entre sua casa e o gabinete, na Prefeitura, que antes era feito a pé, agora tem de ser feito de carro. Além disso, contratou quatro seguranças particulares que andam com ela dia e noite. Tudo para garantir que o clima pesado da campanha eleitoral, não se repita agora após o resultado expressivo das urnas. “Eu fui cerceada do meu direito de ir e vir”, lamenta Tedi. Perguntada se suspeita quem esteja por trás das ameaças, veladas ou não, a prefeita diz não saber. “Estou vivendo uma tortura psicológica feita por gente que sofre de distúrbios mentais”, frisou.

Tomara que sejam fatos passageiros e tudo se ajeite logo.