Comprador de moto em leilão insatisfeito
13/11/2012 10:11

Alegando longa espera, Edival da Silva Tavares Filho, de 49 anos, afirma estar tentando regularizar, há mais de dois anos,  os documentos de uma moto arrematada em leilão da Pátio Norte, sem conseguir. Segundo ele, nesse tempo, diversas vezes teria ido à Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Campos e à Pátio Norte para tentar resolver o impasse, mas um estaria jogando a responsabilidade para o outro. Por telefone, o gerente da Pátio Norte, Luís Maurício Almeida, informou que em todos os leilões os arrematadores dos lotes seriam orientados a procurarem o setor de leilões do Detran na cidade do Rio de Janeiro para iniciarem a regularização.


Segundo Edival, a moto Honda CG 150, de cor prata e placa LKO 2377, foi arrematada no leilão realizado em 20 de abril de 2010. “Comprei a moto por cerca de R$ 2 mil, mais o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2010, o emplacamento e o Documento Único do Detran de Arrecadação (Duda) de transferência e propriedade, e não consegui transferir a documentação para o meu nome. Vou ao Ciretran e falam para ir à Pátio Norte, pois sempre tem algo errado. Vou a Pátio Norte, falam que o problema tem que ser resolvido na Ciretran”, disse.


Ele contou também que o veículo tem trazido mais prejuízos que benefícios. “Estou desempregado, precisando vender a moto e não posso, pois não está regularizada. Pensei que estava fazendo um bom negócio, mas, pelo visto, o barato tem me saído muito caro. E a moto está parada em casa, por conta disso”, comentou.


A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Ciretran, assim como o Detran, sem êxito. O gerente da Pátio Norte, Luís Maurício, informou ainda que existem alguns casos de lotes com licenciamento em dívida ativa com a receita estadual, porém nestes casos a Pátio Norte não teria participação.


No último leilão realizado pela empresa Pátio Norte, o que aconteceu no dia 25 de outubro, dos 386 veículos leiloados, 320 foram arrematados. O leilão aconteceu na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos. Dos lotes apresentados, 286 eram motocicletas, sendo 112 sucatas, e 100 eram automóveis médios, com 71 sucatas.


De acordo com informação que foi passada pelo gerente da Pátio Norte, Luís Maurício Almeida, os interessados nesse tipo de leilão precisam sempre estar munidos do documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF), porque só dessa forma conseguem fazer o cadastro que permite participar do processo. Ele ressaltou que o leilão é uma forma de beneficiar não só quem faz a compra, mas também a empresa, que não tem espaço para guardar tantos veículos, e a população, contra o mosquito da dengue. “Além de evitar a degradação do veículo, também evitamos o foco do mosquito da dengue, que era mais vulnerável com o veículo guardado. O proprietário do veículo tem o prazo de 90 dias para regularizar a situação do veículo. Isso não acontecendo, levamos para leilão”, explicou.


O próximo leilão está previsto para este mês, porém a data ainda não foi confirmada.

Mário Sérgio Júnior

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