A escolha de Felipão como novo técnico da seleção pela atual direção da CBF, que é péssima e consegue ser pior do que a de Ricardo Teixeira, pode ser uma boa aposta visando ganhar a Copa do Mundo, como o gaúcho já fez em 2002 com o penta. É uma escolha de curto prazo.

Porém, para recuperar as nossas verdadeiras origens, do futebol arte, é uma péssima aposta. Equipes de Felipão, quando do seu auge, que já faz tempo, foram competitivas, mas não jogaram um futebol bonito. A própria seleção do penta não era um grande time, apesar do talento individual de Ronaldo e Rivaldo, com Ronaldinho Gaúcho em segundo plano.

Hoje o Brasil pratica um futebol inferior em qualidade a pelo menos três seleções: Espanha, Alemanha e Argentina. Sem contar o Uruguai, em queda no último ano. Com Felipão, dificilmente este quadro irá se reverter em termos de qualidade, mesmo com um possível ganho de competitividade.

É certo que não há grandes opções no mercado brasileiro. Muricy ou Abel Braga não fariam muito diferente, com a desvantagem da falta de experiência internacional. Pep Guardiola seria o algo diferente, para buscar resgatar as nossas origens e pensar em médio e longo prazo, como o Barcelona já ensinou. Mas aí já é querer demais dos péssimos cartolas brasileiros.