NO TOPO
lucianaportinho 02/11/2012 22:03
NO TOPO NinoBellieny Que tipo de idiota sou eu Para dizer que o mundo é cheio de idiotas? Quem sou para condenar um individuo em 30 segundos Sem nunca ter-lhe visto , em todas as piores características? Quem eu sou Para sentir-me Mais inteligente que o resto dos inteligentes E considerar-me pertencente à uma casta de intelectuais Mordazes, irônicos, originais e pulguentos? Quem sou para vislumbrar os melhores planos para todos Liderar a revolta dos acomodados Mudar o mundo em um minuto sem sair da minha confortável cadeira de bar? Quem me elegeu o melhor para a minha cidade e meu país, O único capaz de ser capaz , O mais fantástico dos seres? Aquele com direitos e nenhum dever Que pode zombar dos fracos E não ser zombado pelos fortes? Aquele cujos comentários ferinos divertem aos outros tolos Em rodas quadradas de festas de grife? Quem sou eu para tanto sarcasmo e cinismo Tanto fracasso disfarçado de sucesso Sucesso só medido pela quantidade de dinheiro E viagens ao redor da Terra, Se mal conheço o meu bairro? Quem sou eu para sentir-me importante Só porque os livros de autoajuda me hipnotizaram Os puxa-sacos incentivaram E os amigos de verdade-verdadeira deixei na mais distante esquina? Dentro do espelho me olham milhares de outros imbecis Pensadores de vazios colossais feito eu Cada qual brandindo o Ego na disputa Do maior e melhor do Universo. Cada qual partido em suas faces perdidas Em mentiras consideradas verdades Em verdades consideradas mentiras. [caption id="attachment_5160" align="alignright" width="300" caption="Ft. Facebook"][/caption] O carro confortável é a minha concha A casa espaçosa é a minha caverna. Eu ainda continuo a temer sombras. Eu e tantos outros Ainda não sabemos o que é o Sol.   * Nino Bellieny, é jornalista, radialista, poeta e artista visual. Campista, nasceu no interior do município, mais precisamente na região dos tabuleiros de Campos, em Morro do Coco. * Nota do Blog. Como um ser nato das comunicações, Nino Bellieny, é presença intensa das redes sociais. Na poesia acima traduz seu desconforto com as maneiras que observa, por vezes, vãs no tratamento a terceiros. Li dias atrás, um estudo interessante  sobre a vida na virtualidade que muitos dela descreem por não ser real. Bom deixar claro,  sejam virtuais ou reais, as relações humanas em ambas EXISTEM! Um ótimo bom fim de semana a todos. Meu forte abraço, Luciana Portinho  

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