A partir de janeiro, o município de Conde, no litoral da Bahia, terá dois prefeitos. A legislação eleitoral não permite, mas o casal Madeirol parece não se incomodar. A titular, eleita com 53,68% dos votos, é Marly Leal de Oliveira, a Marly Madeirol (PTN). “Mas o prefeito de fato sou eu”, disse ontem à "Folha de S. Paulo" o marido dela, Paulo de Oliveira, o Paulo Madeirol (PSD). Paulo é um dos 68 candidatos a prefeito considerados fichas sujas pela Justiça Eleitoral que desistiram de recursos em instâncias superiores, renunciaram à candidatura na semana da eleição e foram substituídos por familiares.
Outro caso — Em Padre Paraíso (MG), Neia de Saulo (PT) substituiu o marido, Saulo (PTB). “O povo queria ele, né? Mas como ele estava impedido, eu substituí”, declara a mulher do ex-prefeito, barrado porque teve as contas rejeitadas durante sua gestão anterior na cidade (2005-2008).