Delegado da PF fala em quadrilha para eliminar adversários
Alexandre Bastos 03/10/2012 14:56

Em entrevista coletiva concedida na manhã de hoje (03), o delegado da Polícia Federal, Paulo Cassiano Júnior, revelou que a prefeita Carla Machado (PMDB) vinha sendo investigada há algumas semanas por compra de votos e formação de quadrilha. Segundo Paulo Cassiano, a ação denominada "Operação Machadada" foi instaurada para investigar acusações de uma organização que seria encabeçada pela prefeita. Neco (PMDB) e Alexandre Rosa (PMDB),  candidatos a prefeito e vice, respectivamente, também são acusados. Neco não foi preso na ação desta madrugada, mas de acordo com o delegado, a PF também tem várias provas contra o candidato, que também pode ser indiciado.  Ainda de acordo com a PF, o objetivo era eliminar ao máximo as candidaturas dos vereadores de coligações adversárias, para ter uma Câmara majoritariamente favorável à gestão de Neco, candidato apoiado por Carla. Os candidatos da oposição teriam sido assediados para desistirem de concorrer ao cargo e apoiar os concorrentes indicado pela prefeita. Em troca, eles receberiam vantagens financeiras, em futuras licitações ou cargos públicos. De acordo com a pesquisa da PF, três candidatos teriam aceitado a proposta. Tino Ticalú (PTdoB), Silvana de Grussaí (PR), e Alex Valentim (PR). Depois da prisão na manhã desta quarta-feira (3), Carla e Alexandre Rosapagaram fiança de R$ 60 mil e R$ 50 mil respectivamente e foram liberados horas depois. Segundo Paulo Cassiano, a prisão foi feita com vigor, porém dentro da lei. Ele também afirmou que o mandado de prisão é dispensável para flagrantes. A detenção em flagrante se deve ao fato de o crime de formação de quadrilha ser um crime permanente, o que permite a detenção ou prisão em flagrante dos envolvidos a qualquer momento, independentemente do período eleitoral. "A legislação eleitoral permite a prisão e detenção nestes casos", completou. "Os acusados compravam apoio político dos candidatos da oposição para que eles não atrapalhassem o resultado das eleições. Um intermediário conversava com estes candidatos e oferecia dinheiro ou um futuro cargo na prefeitura para que ele desistisse da candidatura e apoiasse publicamente os candidatos da situação", disse Paulo Cassiano.

Fonte: G1

Mais informações sobre a coletiva do delegado podem ser conferidas  no blog "Opiniões", do jornalista Aluysio Abreu Barbosa: aqui

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