STF decide que município não pode ter terceirizados na saúde
Alexandre Bastos 22/09/2012 19:08
Dica do leitor Sávio Gomes:

Os 9.500 profissionais da área de saúde terceirizados e que trabalham em clínicas da família, UPAs e hospitais municipais, poderão ter que deixar seus postos em breve. Na última quarta-feira, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, um recurso do município contra ação movida pelo Sindicato dos Médicos que exige o fim da terceirização na saúde. A Prefeitura doRio já havia sido derrotada outras duas vezes.

A Segunda Turma acompanhou o voto de Cezar Peluso, dado em agosto, antes de o ministro se aposentar. Ele concordou com decisão anterior, que dizia que "os cargos inerentes aos serviços de saúde, prestados dentro de órgãos públicos, por ter a característica de permanência e de caráter previsível, devem ser atribuídos a servidores admitidos por concurso público". O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, comemorou ontem a decisão. Segundo ele, é um absurdo que a administração municipal, em vez de contratar médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, prefira fazer contratos temporários. "A prefeitura vai ter que repensar toda a sua lógica de contratações. A decisão do STF não impede que as Organizações Sociais continuem gerindo clínicas de família e UPAs. Mas elas terão que ter nos locais médicos e outros profissionais aprovados através de concurso público. Não poderão ter funcionários terceirizados", diz Darze.

Campos — Em Campos, a secretaria de Saúde também conta com um grande número de terceirizados. Muitos deles estão sob o regime Reda e ainda não foram atingidos pela decisão judicial, já que o juiz Wladimir Hungria optou por ouvir o CCZ e a secretaria de Saúde antes de cancelar os contratos como ocorreu com outros órgãos do governo municipal.

* Com informações do Yahoo Notícias

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