O Corinthians se sagrou, ontem, campeão da Libertadores, ao vencer o mítico Boca Juniors por 2x0, no Pacaembu. A conquista foi invicta e inquestionável após o jogo de ontem. Não é um grande time, não tem um craque sequer, não joga um futebol bonito, mas é uma equipe muito eficiente, coesa e com comando claramente definido, nas mãos de Tite.

Além disto, como todo campeão, contou com a sorte em vários momentos decisivos. No dificílimo confronto com o Vasco, em que, minha opinião, os cruzmaltinos tiveram as melhoras chances, Diego Souza perdeu um gol inacreditável e o ótimo volante Paulinho decidiu de cabeça, após um escanteio, aos 42 do 2º tempo.

Contra o Santos, nas semifinais, mesmo com o time inferior tecnicamente, o Corinthians dominou o rival e passou com justiça, com direito a golaço de Emerson que deu a vitória na Vila Belmiro. Contra o Boca em La Bombonera, foi dominado, podia ter perdido o título ali, mas achou o empate com Romarinho e ainda viu uma bola explodir no seu travessão no final.

Ontem, após um primeiro tempo equilibrado, o Corinthians dominou o 2º tempo e anulou o Boca Juniors, decidindo o jogo com dois gols de Emerson. O Sheik aliás, tem uma estrela incrível. Foi tricampeão Brasileiro com Flamengo, Fluminense e Corinthians e deu o gol do título brasileiro do Flu em 2010 e agora os da Libertadores para o Corinthians. É ótimo jogador, apesar do péssimo caráter.

Depois de anos aguentando gozações dos rivais, os corintianos agora tem muito o que comemorar, com a inédita e merecida conquista da Libertadores. E é bom ficar de olho aberto, pois o mesmo acontecia em Brasileiros. Depois do primeiro, em 1990, foram mais quatro conquistas em 21 anos.