Tive uma boa surpresa, na praça havia algo como uma centena de jovens. Mulheres, em sua maioria, universitárias reunidas em protesto, com características típicas às manifestações públicas: disposição de luta, irreverência e bom humor. Abriram a boca contra a violência doméstica que segundo dados estatísticos se repetem, no Brasil, a cada 2 minutos em número de 5. Uma faceta sempre chocante esta a do espancamento da mulher em casa. A média anual de estupro nacional (sic) permanece na estratosfera: 15 mil mulheres! Estes dados nos colocam na vergonhosa posição mundial de 7ª maior em mortalidade de mulheres. [caption id="attachment_4279" align="aligncenter" width="500" caption="Ft.Luciana Portinho"][/caption]
No ato que foi apartidário e sem ‘aparelhamento’ por nenhuma entidade, o microfone foi livre. Falou quem quis. Uma das falas que me chamou a atenção foi a de Amanda Pereira da Silva, de 31 anos. Ela é uma assistente social que trabalha em prevenção DST/AIDS aos travestis e profissionais do sexo. Apresentou-se como um transexual em formação e criticou a hipocrisia de Campos, “somos aceitos de noite, enxotados de dia”. Incomoda o dito por ela, mas, é uma das realidades local. Quem tiver alguma dúvida é só observar os “carrões bacanas” que passam pela noite nas ruas centrais, contratando o serviço delas. [caption id="attachment_4280" align="aligncenter" width="500" caption="Ft.Luciana Portinho"][/caption]
O fato é que concordando na íntegra, ou não, com este movimento de mulheres, de longe viemos e para longe iremos. Ainda que dele não participe, continuo simpática à defesa dos direitos das minorias. A caminho continuamos! [caption id="attachment_4281" align="aligncenter" width="500" caption="Ft.Luciana Portinho"][/caption]